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Cerradinho Bioenergia protocola prospecto para IPO

Fundada em 2006 pela família Sanches Fernandes, a companhia diz que é um dos principais complexos produtores de bioenergia na América Latina

Cerradinho Bioenergia protocola prospecto para IPO

A Cerradinho Bioenergia protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias.

Fundada em 2006 pela família Sanches Fernandes, a companhia diz que é um dos principais complexos produtores de bioenergia na América Latina, com uma capacidade instalada de moagem de cana equivalente a aproximadamente 9
milhões de toneladas, com foco na produção de etanol e energia sustentável através da cana e do milho.

A Cerradinho está localizada em Chapadão do Céu (GO), onde opera duas plantas de produção de etanol e derivados: uma planta utiliza cana-de-açúcar e a outra milho como suprimento. A companhia gere uma área agrícola de 75,8 mil hectares de cana, em terras arrendadas, sendo aproximadamente 60% de cana própria, com

contratos de longo prazo com terceiros e colheita 100% mecanizada, de acordo com dados de sua última safra.

Além da produção de 647 mil metros cúbicos de etanol através da moagem de 7,3 milhões de toneladas cana equivalente na safra de 2020/21, a companhia ainda exportou 472 GWh de energia, dos quais 362 GWh foi exportado para a rede
elétrica e 110 GWh de energia e vapor convertido em energia para as operações da planta de etanol de milho. Além disso, foram produzidas 124 mil toneladas de DDGs (farelo de milho) e 5 mil toneladas de óleo para nutrição animal no mesmo período, garantindo a diversificação de 35% do ebit advindo de energia e nutrição animal.

No segundo trimestre, teve receita líquida de R$ 528,866 milhões, com alta anual de 65%. O lucro líquido foi de R$ 141,944 milhões, com expansão de 6.724%.

A Cerradinho pretende destinar 100% dos recursos captados na oferta primária para construir uma nova planta de etanol de milho localizada em Maracaju (MS), no modelo greenfield. O projeto prevê capacidade de moagem de milho de 1.100 mil toneladas de milho por ano (6 milhões equivalente em toneladas de cana), com produção de 510 mil metros cúbicos de etanol hidratado. O investimento total esperado é por volta de R$ 1,4 bilhão e, considerando o cronograma de licença de operação e projetos de engenharia, as obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2022, com início da operação previsto para setembro de 2023.

A companhia é controlada pela Cerradinho Participações, dos irmãos Luciano, Silmara e Andréa Sanches Fernandes, que detém 99,99% das ações. Eles são filhos de José Fernandes, que, em 1969, comprou uma usina de cana e álcool em
Catanduva (SP) e deu início ao grupo Cerradinho.

A oferta é coordenada por Itaú BBA, XP e BTG.