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Chuvas atrapalham avicultura

<p>Na cidade de Tijucas do Sul, em Santa Catarina, quatro granjas avícolas sofreram prejuízos por conta das chuvas de granizo.</p>

A cidade de Tijucas do Sul (SC) sofreu com as fortes chuvas que atingiram a região Sul do Brasil nos últimos dias. Um dos pólos econômicos mais representantivos da cidade, a criação de frangos, sofreu o impacto das chuvas de granizo que ocorreram na madrugada de segunda (07/09) para terça-feira (08/09).

Em quatro granjas da cidade o telhado desabou, adiantando o envio dos frangos ao abate e impedindo que o criador receba novos animais. “Apesar de o número de afetados parecer pequeno, isso é muito pesado para o município. Somos um dos maiores produtores de aves, e as pessoas têm essa atividade como única fonte de renda”, explica Rodrigo Camargo, coordenador da Defesa Civil de Tijucas.

O criador João Luís Lima dos Santos estima prejuízo de pelo menos R$ 12 mil, pois iria receber 14 mil novos animais a partir de hoje. “Isso é o meu viver. Já teve crise no ano passado, agora acontece essa chuva”, diz. “Minha esperança é que o governo do estado ou a prefeitura ajudem para a gente a se recuperar.” Em situação semelhante, o criador de frangos Altair Braz de Camargo sente no bolso a força dos ventos. Em sua granja, o teto e o forro cederam. “Além dos R$ 20 mil de prejuízo, não vou poder usar a granja até consertar”, afirma. Camargo sentia um único alívio: os frangos estavam em época de abate. “Tivemos que antecipar em uns cinco dias. O estrago seria maior se eles não estivessem no tempo certo”, diz.

Entre os moradores da região, o temporal foi considerado assustador. “Foi feio. Vento e pedra sem parar. Fez uma peneira no meu telhado”, conta o lavrador Izidoro Bora. A família só conseguiu se esconder da chuva ao estender uma lona de plástico em um dos cômodos menos atingidos. “Só assim deu para se defender”, diz Bora. Mesmo com o granizo do ano passado, o lavrador Otávio Machado Siqueira conta nunca ter visto tamanha força das tormentas em sua região, o bairro Ximbuva. “Moro há 50 anos aqui. Nunca teve uma pedreira tão forte como essa”, afirma.