Redação AI (10/05/07) – O Brasil é o maior exportador de frango do mundo, e os números vêm crescendo: entre janeiro e março foram exportadas 750 mil toneladas, 16% a mais que no mesmo período de 2006.
O momento só não é melhor por conta da alta no milho e, por conseqüência, da ração. Érico Pozzer é avicultor e presidente da Associação Paulista de Avicultura e lamenta: a saca que custava R$ 13,00 no ano passado agora sai por R$ 19,00. “Como entre 70% e 75% do custo de um frango é de ração, o impacto no custo do frango vivo é bastante alto”, diz.
Para a indústria, as principais questões são o câmbio e a falta de infra-estrutura. “Se a gente tivesse um câmbio de R$ 2,4 ou R$ 2,5, portos mais organizados e modernizados e estradas em melhores condições, os preços seriam ainda melhores dos que a gente já tem”, declara o presidente interino da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango, Christian Lohbauer.
Nesse cenário econômico não ficou de fora a questão da sanidade avícola, algo que pode contribuir para aumentar ou até diminuir a produção e a exportação do setor. A principal bandeira dos produtores foi a implantação do plano de regionalização, que divide o país em circuitos aviários com status sanitários diferenciados.
Segundo a União Brasileira de avicultura, os Estados vão ser classificados de acordo com o nível de segurança na defesa sanitária. Os mais seguros vão poder restringir a entrada de aves vivas de Estados menos seguros. “Se houver algum problema sanitário, como por exemplo a influenza [gripe] aviária no país, o Brasil pode pleitear que aqueles Estados que estejam regionalizados tenham um tratamento diferenciado por parte dos países importadores, ou seja, que eles não sofram restrições à importação”, sugere o vice-presidente da União, Ariel Mendes.
O Ministério da Agricultura informou que os Estados interessados no plano de regionalização podem se inscrever até o dia 31 de julho.