Apesar do aumento das exportações brasileiras de carne nos últimos anos, estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que o principal fator para o crescimento desse tipo de produção no Brasil será o mercado interno. O estudo foi elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica da pasta (AGE/Mapa).
O consumo de carne de frango pelos brasileiros previsto para este ano será de 68,3% do total produzido no País, enquanto esses percentuais para bovina e suína serão de 84,8% e 85,4%. A previsão aponta que na safra de 2022/23 o consumo interno não apresentará mudanças significativas, passando o consumo de frango para cerca de 59%, o de produtos de origem bovina para 82,7% e, de suína, 84%.
“Embora o Brasil seja, em geral, um grande exportador para vários desses produtos, o consumo interno é predominante no destino da produção. Continuaremos entre os principais exportadores e consumidores de carne do mundo nos próximos anos”, afirmou o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques.
A expectativa é que a produção nacional de carne de frango passe de 13,2 milhões de toneladas na safra atual para até 23,7 milhões de toneladas em dez anos, o que representa alta de 79,2%. No caso da bovina, deve passar de 8,4 milhões de toneladas para até 13,6 milhões de toneladas (61,5% de aumento), enquanto a suína pode aumentar de 3,3 milhões de toneladas para até 5,3 milhões de toneladas (+56,2%).