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Cooplantio debate saída para endividamento

<p>Seminário ocorre de 27 a 29 deste mês, em Gramado/RS.</p>

Da Redação 13/06/2005 – O 20o. Seminário Cooplantio – Como Crescer com Sustentabilidade, que ocorre de 27 a 29 deste mês, em Gramado, terá como desafio encontrar uma solução para o endividamento do setor primário nacional. Os organizadores pretendem cobrar ações de homens próximos ao cofre do governo federal: o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin; e o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Derci Alcântara. Após anos de bons ventos, o setor busca alternativas à crise, detonada por preços baixos, custos altos e, principalmente, pela estiagem.

Segundo o presidente da Cooplantio, Daltro José Benvenutti, a verba de R$ 1 bilhão liberada recentemente pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar as dívidas dos agricultores brasileiros com seus fornecedores “não dá nem para a arrancada”.

A conta com o setor privado ultrapassa os R$ 2 bilhões só no Rio Grande do Sul. Além disso, com margem líquida de apenas 1%, o setor hoje não teria como arcar com a TJLP de 9,75% ao ano que será cobrada no financiamento.

Benvenutti alerta que as cooperativas ainda correm o risco de terem de pagar o banco daqui há 24 meses, caso o produtor não honre o contrato, uma vez que foram mantidas como avalistas das operações. A Cooplantio, por exemplo, acumula um saldo negativo de R$ 100 milhões, metade devido por agricultores associados. “Só vai funcionar se o banco correr o risco e absorver os juros.”

Enquanto tenta equacionar as dívidas, a Cooplantio busca estratégias para garantir uma melhor colocação da produção no mercado consumidor. Num dos diversos painéis que ocorrem durante o seminário deste ano estará o presidente do Grupo Sonae, Sérgio Maia. A intenção é levantar a tendência de demanda do varejo, para que das lavouras brasileiras saia o que consumidor está procurando nas prateleiras dos supermercados.