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Cotações agrícolas sobem 2% em SP

A alta surpreendeu o diretor do IEA, Nelson Martin, que esperava, para o acumulado deste mês, variação positiva em torno de 0,5%.

Da Redação 11/05/2004 – 06h33 – O índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores agropecuários paulistas, pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura de São Paulo -, superou as expectativas e encerrou a primeira quadrissemana de maio com variação positiva de 2,02%, 1,14 ponto percentual a mais que o fechamento de abril.

A alta surpreendeu o diretor do IEA, Nelson Martin, que esperava, para o acumulado deste mês, variação positiva em torno de 0,5%. Com o resultado da primeira quadrissemana, contudo, ele reviu esta projeção e passou a trabalhar com a perspectiva de um salto de até 2%. Isso sem contar eventuais reflexos da recente valorização do dólar em relação ao real nas cotações recebidas pelos produtores.

Na primeira quadrissemana de maio, puxou a valorização do IPR o comportamento das cotações no grupo de produtos de origem vegetal, que, em média, subiram 2,18%. No grupo, a maior alta foi a do tomate (43,48%), seguida pelo trigo (10%). O grupo de produtos de origem animal também registrou valorização, de 1,74%, impulsionada pelas aves (12,50%).

Para Martin, em condições normais de mercado não há motivos para prever queda dos preços pagos aos produtores até o fim do ano, mesmo que a valorização do dólar perca fôlego, com estima o Banco Central do Brasil. Conforme o economista Fabio Silveira, da MSConsult, é cedo para saber se a alta do dólar significará uma mudança de patamar cambial ou se não passará de um “soluço”. Ele acredita que o câmbio só terá reflexos nos preços agrícolas internos se o atual nível do dólar, acima de R$ 3,10, se mantiver por pelo menos de dez a 15 dias.