Redação (17/02/2009)- Apesar da crise, a 10ª Expodireto Cotrijal deve manter o fluxo de negócios. Ontem à noite, durante lançamento oficial da mostra, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, disse que espera repetir a marca de R$ 300 milhões obtida em 2008. "A crise nos preocupa, mas não nos assusta." Mânica baseia-se na visão de que a situação é passageira e que a turbulência não atingirá em cheio o Estado. O dirigente soma o bom desenvolvimento da soja. A Expodireto será realizada de 16 a 20 de março, em Não-Me-Toque.
Ele acredita que os bancos oferecerão pelo menos o mesmo volume de recursos do ano passado, quando Banco do Brasil (BB), BRDE, Sicredi e Banrisul alocaram R$ 354,3 milhões – nem a metade foi utilizada. Mas também estão previstas mudanças. Mânica solicitou ao BB a ampliação do crédito agrícola com recursos próprios, cuja liberação seria mais rápida do que a verba do BNDES. O gerente de mercado agronegócio do BB, José Kochhann Sobrinho, disse que não há definição.
Outra mudança que deve ocorrer é no perfil de vendas da feira. Segundo Mânica, o setor de tratores para pequenos agricultores está aquecido, por conta do Mais Alimento. O segmento pode compensar menos negócios de colheitadeiras e plantadeiras. "Deve haver migração, embora haja produtor capitalizado."
A exposição já está na agenda do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A dúvida é sobre a data da visita, provavelmente em 19 de março. Na semana passada, o ministro teria dito que não viria para a abertura da feira para não encontrar a governadora Yeda Crusius. No primeiro dia do evento, será apresentado o plano diretor do parque. "Nada melhor do que disciplinar para ter equilíbrio entre empresas." O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, anunciou que a questão ambiental será o foco da federação na mostra.
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