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CPI das Carnes investiga relação do Grupo Chapecó com o BNDES

Há suspeitas de tráfico de influência na liberação de recursos do banco para a empresa.

Da Redação 02/12/2003 – 04h15 – Em reunião realizada nesta segunda, dia 1 de dezembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa as atuais distorções no mercado gaúcho de carnes, ouviu o depoimento do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP), presidente da CPI, o objetivo da comissão é esclarecer as suspeitas de tráfico de influência na liberação de recursos do banco, que totalizam R$ 600 milhões, para o Grupo Chapecó. A liberação da verba se deu na época em que, simultaneamente à presidência do banco, Mendonça de Barros fazia parte do Conselho de Administração da empresa.

Conforme o vice-presidente da comissão, deputado Elvino Bohn Gass (PT), há indícios de má gestão de recursos públicos

“Durante a liberação desses recursos, o Grupo Chapecó já estava inadimplente com o BNDES em função de outros empréstimos. Queremos saber quais os critérios que levaram à concessão de mais dinheiro para o frigorífico” afirma Bohn Gass.

O deputado lembra ainda que o Chapecó foi comprado pelo grupo argentino Macri, que continuou sendo beneficiado pelo dinheiro.

Com informações da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul