Redação AI 18/09/2003 – O consumo de frango no Paraná aumentou de 8% a 12% em agosto. A informação, divulgada por Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), foi confirmada pelo setor varejista. Supermercados ouvidos pela Folha, em Londrina, revelaram que as pessoas estão consumindo mais carne de frango neste segundo semestre.
“A entrada de dinheiro no mercado, com o pagamento do PIS, dos expurgos do FGTS e das restituições do Imposto de Renda, além das políticas do governo na área social, fortalecem o consumo”, opinou Martins. Para ele, o crescimento não significa que mais pessoas estão tendo acesso ao frango. “Quem já tinha o hábito, está com mais disponibilidade para gastar na compra de proteínas de origem animal”, disse.
O desempenho do produto no mercado interno, aliado às crescentes exportações, refletiram na produção. Em agosto, foram abatidas 69,2 milhões de cabeças de frango no Estado, 8% mais que em agosto do ano passado. No último mês, o Paraná registrou o segundo maior volume de abates da série histórica, somente inferior ao desempenho recorde de julho.
Mesmo com a queda de 2,63% em relação a julho, a produção de frango do Paraná acumula expansão de 7,3% no período de janeiro a agosto, comparada aos oito primeiros meses de 2002. Foram abatidos 521,9 milhões de cabeças, frente aos 486,2 milhões no mesmo período do ano passado.
Todos os abatedouros das regiões Norte e Noroeste apresentaram crescimento expressivo. Um dos exemplos é a Jaguafrangos, do município de Jaguapitã, que passou de 639,2 mil cabeças abatidas em agosto de 2002 para 1 milhão de cabeças em agosto de 2003, com incremento de 62%.
A maior demanda aqueceu o mercado e resultou em alta nos preços. No mês passado, o preço médio do quilo no varejo, no Paraná, ficou em R$ 2,34. Ontem, em supermercados consultados pela Folha, o preço chegou a R$ 2,69.
“No atacado, o mercado está comprador. Falta produto para atender os clientes”, comentou o gerente comercial do Abatedouro Coroaves, Alexandre Estevan Lemanski. Para ele, o crescimento do consumo indica que os brasileiros estão adaptando o orçamento às altas dos outros alimentos. “O frango é a carne mais barata.”
A auxiliar de serviços gerais Jane Aparecida Soriani figura entre os consumidores que estão comprando mais frango. “O preço melhorou, com relação ao início do ano. Dá para levar mais”, disse ela, que serve o produto nas refeições da família até três vezes por semana.
O preço também pauta a preferência da estudante Laura de Toledo Ferreira. “Consumo bastante, porque o preço é mais acessível que o da carne de boi. Além disso, o frango é mais saudável”, afirmou.