Alguns criadores de frango do distrito de Santa Eliza (Umuarama/PR) procuraram a reportagem do jornal Umuarama Ilustrado questionando a demora para a empresa integrada retirar os animais para o abate. De acordo com os entrevistados, a situação está reduzindo a renda no final de cada lote.
Segundo Genésio Ricardo Garbin, diretor industrial da Averama, o mercado está propondo novas exigências em tamanhos e cortes das aves e muitas empresas do setor estão levando os frangos para o bate com 50 dias. O diretor ressaltou que essa nova perspectiva não promove prejuízo ao produtor, uma vez que a empresa usa uma tabela diferenciada para cada tipo de abate.
Garbin garantiu que o integrado que estiver com problemas para aumentar sua renda deve procurar a Averama. “Dependemos da boa rentabilidade dos nossos integrados, para a indústria também ter lucro. Sem essa parceria as duas partes têm prejuízo. A cultura do frango é algo que precisa de dedicação e se o manejo não for correto, esse produtor não vai ter uma rentabilidade esperada”, disse.
Evandro Luiz Gabriel e sua esposa Maria Tereza estão a um ano trabalhando com o barracão de frango financiado pelo Banco do Brasil. O casal é um dos produtores que questionaram a demora para retirar as aves e com isso aumento dos custos com a ração. “Damos o nosso melhor e queremos um pouco mais de carinho por parte da empresa. Com a renda apenas pagamos o financiamento”, desabafou Tereza.
Na mesma situação, o agricultor Salvador Salton está preocupado, pois construiu o aviário para seu filho voltar para o campo, mas com a baixa rentabilidade o rapaz teve que voltar a trabalho na cidade. “Não estamos conseguindo ter rentabilidade de R$ 1.000 por mês. Já cheguei a receber R$ 0,35 por ave. Precisamos de mais atenção e assistência da empresa”, ressaltou.
Outras situações informadas pelo diretor da Averama são alguns ajustes em que a empresa esta passando, como também construções para o aumento no número do abate. “Estamos crescendo para melhorar, principalmente aos produtores. Vamos ampliar nossa capacidade de abate e chegar à média de 200 mil toneladas de aves”, contou.
Morte de aves – No último sábado mais de 2 mil frangos morreram na Estrada do Desengano em Santa Eliza. O motivo foi uma queda de energia que durou três horas. Só na propriedade do agricultor Evandro Gabriel foram 1500 aves, totalizando um prejuízo de R$ 3 mil. O agricultor informou que a situação já aconteceu outras vezes.