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Crise não chegou ao fim

Dirigente afirma que "a crise não chegou ao fim e nem amenizou em SC".

Redação SI 15/10/2002 – Contrariando uma série de notícias veiculadas no Brasil, Paulo Tramontini, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, afirma que “a crise não chegou ao fim e nem amenizou em Santa Catarina. Permanece quase nos mesmos patamares verificados nos últimos 60 dias. Os criadores de suínos continuam perdendo dinheiro”.

Ele diz que “a maioria das informações dos últimos tempos sobre a crise, em especial aquelas que apontam o fim, ou a diminuição, referem-se ao estoque das indústrias, o que não significa deixar de haver prejuízos”. O preço pago ao produtor, que passou de R$ 1,12 para R$ 1,15 por quilo de animal vivo entregue à agroindústria, também é considerado por Paulo Tramontini como uma conquista pouco significativa.

“Podemos admitir este aumento como uma insensível reação. No entanto, com a estagnação do milho e da soja ao dólar, e pela falta destes produtos no mercado interno, os preços dispararam”. Para a ACCS, o custo de produção beira a R$ 1,60 nas regiões em que o milho está R$ 22,50 a saca de 60 quilos e a soja R$ 0,78 o quilo.

“Enquanto estiverem nesta situação, a crise existe. Não podemos admitir que um segmento importante da cadeia produtiva perca recursos da ordem de R$ 40 por animal entregue. Isto significa a falência de inúmeros produtores em pouquíssimo tempo”. “Para que os criadores pudessem equilibrar com os custos, os preços pagos pelas agroindústrias, em algumas regiões, deveriam se aproximar a R$ 1,60 o quilo”.