Redação (28/01/2009)- A crise financeira mundial afeta as indústrias de máquinas agrícolas do Rio Grande do Sul. Na serra gaúcha, um dos maiores fabricantes de implementos do país pretende diminuir a jornada de trabalho. No noroeste do Estado, sessenta trabalhadores de uma fábrica de peças foram demitidos.
O estoque da indústria de fundição de peças para caminhões e máquinas agrícolas está lotado na empresa de Santo Ângelo, no noroeste gaúcho. A linha de produção parou por falta de novos pedidos. Desde outubro do ano passado, trezentos funcionários já foram desligados da empresa.
Na região da serra, os cortes nas indústrias do setor atingiram 2,9 mil trabalhadores nos últimos quatro meses. Para evitar o aumento no número de demissões, as empresas buscam a flexibilização na jornada de trabalho.
Na empresa em Caxias do Sul a proposta é que os funcionários trabalhem cinco dias a menos até o mês de abril e o corte de 10% no salário. Quatro mil e oitocentos funcionários estão sendo consultados sobre a medida. “A gente tem que pensar um pouco mais a longo prazo. Se a gente tira um pouco agora e mantém o emprego mais adiante eu acho que é viável”, avaliou Odair Britto, soldador.
O resultado da pesquisa deveria sair nesta quarta-feira. Se pelo menos 62% dos operários votarem a favor da proposta, o acordo será firmado. O sindicato da categoria é contra a redução do salário.