Redação SI (21/08/06)- Embora os custos de produção não estejam elevados, em razão da cotação do milho, o preço de venda do quilo do animal vivo não é suficiente para manter o equilíbrio financeiro da criação. No início do mês de agosto, o produto era comercializado entre R$ 1,60 e R$ 1,65 o quilo, enquanto o custo de produção variava de R$ 1,65 a R$ 1,70 o quilo, conforme o tamanho da granja, a produtividade e o grau de tecnificação.
Para reduzir custos, alguns produtores aproveitaram para comprar volumes maiores de milho e estocar na época em que o cereal estava mais barato, entre R$ 11,00 e R$ 12,00 a saca de 60 quilos. Além disso, observa Iuri Pinheiro Machado, trabalharam para aumentar a produtividade.
No momento, os preços estão melhores. Segundo a Associação Goiana de Suinoculturas, houve uma reação nas duas últimas semanas, em função também do aumento da arroba de boi, que em 30 dias saltou de R$ 49,00 (produto rastreado) para R$ 54,00 em Goiás. Esta semana, a arroba suína foi negociada entre R$ 37,00 e R$ 39,00, o que significa uma melhoria importante, mas ainda não suficiente para assegurar boa lucratividade aos criadores.
A ração representa de 70% a 80% do custo de produção, por isso os produtores temem um aumento do preço dos insumos. Atualmente, o milho está sendo comercializado entre R$ 14,00 e R$ 15,00 a saca de 60 quilos.
Esse valor, numa situação de normalidade das exportações e de preços mais remuneradores para o quilo do suíno vivo, entre R$ 1,90 a R$ 2,00, seria considerado bom, mas não nas atuais condições de mercado.
No ano passado, nesse mesmo período, o preço do quilo do animal vivo estava em torno de R$ 2,30 e o custo de produção se aproximava de R$ 1,70, compara Iuri Pinheiro Machado. Agora, a expectativa de recuperação está na retomada das exportações – a Rússia já anunciou que voltará a comprar carne suína e bovina do Mato Grosso – e na aproximação das festas de fim de ano.