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Encontro define detalhes sobre vendas de créditos de carbono

<p>A reunião é em função dos projetos de construção de biodigestores para redução da poluição ambiental e comercialização dos créditos de carbono nas propriedades suinícolas.</p>

Redação (27/09/06) – Ocorreu durante todo o dia 25 de setembro, encontro na Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, entre diretoria da Entidade, diretoria do Banco Besc, Banco Central e diretores do Banco Japonês, Japonês Japan Carbon Finance. Os investimentos iniciais serão avalizados pelo Besc e o banco japonês irá comercializar os créditos de carbono oriundos destas propriedades. No primeiro momento, são 63 granjas de material genético espalhadas por todas as regiões de Santa Catarina, que estarão envolvidas no projeto. É intenção da ACCS envolver todos os suinocultores do Estado.

De acordo com o presidente do Besc, Eurides Mescolotto, o papel de um banco público é servir a comunidade, não só retirar dela as coisas, mas fazer o trabalho de mão dupla. Sobre o Projeto da ACCS de Sustentabilidade, Mescolotto diz que representa o que um banco público tem que ser, fazendo parcerias com Entidades sérias e comprometidas com o seu público e prevendo o que pode acontecer no futuro. É uma forma correta e moderna de reduzir a poluição ambiental, porque não adianta produzir suínos por mais de 30 anos sem se preocupar com o meio ambiente e depois perder tudo por isso. E o que vai ser das gerações futuras? questionou. Eurides Mescolotto ponderou também que esta parceria é também um casamento entre a suinocultura lucrativa, viável e a sustentabilidade do meio ambiente. Tenho acompanhado o que a ACCS vem fazendo e confio neste trabalho, finalizou.

Já o gerente de Projetos do Departamento de Créditos de Carbono do Japan Carbon Finance, Hiroshi Tomita, destacou que o Projeto da ACCS é o pioneiro nesta área e que terá o maior número de rendimentos. A ACCS e o Besc estão dando novas possibilidades aos suinocultores de SC, este modelo serve de exemplo para outros paises, salientou. Tomita destacou que o Projeto da ACCS está em fase adiantada, em boas condições de trabalho e deu um prazo de até dois anos após a certificação, para o retorno da comercialização dos créditos de carbono.

Visita ao Projeto Piloto Após a reunião, os participantes foram visitar o projeto piloto que está sendo construído na Granja Suruvi de Clair e Clóvis Lusa no interior de Concórdia. As obras já estão em fase adiantadas é pretensão que no máximo em 30 dias, o biodigestor já esteja em pleno funcionamento e queimando gás. Clair Lusa, que possui um plantel de 230 matrizes, destaca que pretende além de utilizar o gás para a casa, também gerar energia elétrica para reduzir os custos, que atualmente giram em torno de R$ 1.800 mensais. Lusa destaca ainda que aceitou instalar em sua propriedade projeto piloto, pois há muito tempo vinha discutindo com o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, esta possibilidade, mas que sempre foi orientado para aguardar um projeto sério e comprometido com o produtor. Agora eu senti firmeza neste trabalho, sei que minha propriedade terá maior qualidade e meus animais serão ecologicamente corretor, finalizou.