Redação AI (12/06/2006) – Aconteceu em Rio Preto no último dia 3 de junho o “Encontro sobre Gripe Aviária: Prevenção e Perspectivas”. Realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de São José do Rio Preto (FAPERP), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Unesp e Associação Paulista de Avicultura, o evento teve a presença de 350 participantes que discutiram as medidas que o Brasil vem tomando para evitar o vírus H5N1, causador da influenza aviária, além de atualizar conhecimentos sobre o tema.
O Secretário Estadual da Agricultura, Alberto José Macedo Filho, foi um dos convidados. Segundo o secretário, o governo treinará, a partir de julho, 1700 agentes sanitários e veterinários, dando informações sobre a doença. O vice-presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes, também descartou a chegada da gripe aviária à região de Rio Preto nos próximos meses. Mendes falou em resposta a especialistas preocupados com o ciclo migratório das aves.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, daí o receio do setor com o vírus causador da gripe aviária. No ano passado o país exportou quase três milhões de toneladas de frango, um número bastante expressivo. “Por isso a importância de se discutir o assunto em nossa região e acalmar o setor, explicando os detalhes sobre a crise e evitando ao máximo as perdas”, afirma Maria Dalva Silva Pagotto, diretora-presidente da Faperp. “O Ministério da Agricultura está modernizando laboratórios e o monitoramento sorológico dos plantéis passará a ser feito continuamente”, completou Ariel Mendes.
Ele também afirmou, no encontro, que o setor está pleiteando junto ao governo a criação de um programa para financiar a implantação de medidas de biossegurança nas granjas e produções integradas, evitando assim a chegada da gripe aviária aos plantéis do país. Essas medidas se juntam às já existentes, como a proibição de importação de aves ornamentais e maior rigor na importação de material genético.
No mundo – A gripe aviária assustou o mundo em 1997 quando o vírus H5N1 apareceu em um surto em Hong Kong. Seis pessoas morreram. Em 2003, na Coréia, veio novo foco que se espalhou pela Ásia e Europa. A doença surge com força, em ambiente propício, em lugares onde se cria frango caipira e onde há convivência dessas pessoas com os animais. Aves migratórias contaminadas ajudam a espalhar a doença em outros países.
Estiveram presentes também ao encontro Fernando Buchala, coordenador do Programa de Sanidade Avícola da Secretaria de Agricultura; Érico Pozzer, Presidente da APA; José Márcio Gomes, chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura em São José do Rio Preto do Ministério da Agricultura.