Com uma presença discreta no Brasil desde 2007, a italiana Enel decidiu partir para uma atuação mais agressiva.
O maior grupo de energia da Europa quer ampliar sua atuação no país principalmente nas áreas de distribuição de energia e de fontes renováveis, principalmente eólica e solar.
O grupo prevê investir 3,2 bilhões de euros no Brasil entre 2017 e 2019, o que significa um aumento de 20% em relação aos três anos anteriores. Deste total, 1,7 bilhão de euros será destinado a novos projetos.
Em suas aquisições, o grupo busca sinergias em suas operações. A Celg, além de estar em um mercado potencial promissor, está no mesmo estado onde o grupo tem a usina hidrelétrica de Cachoeira Dourada, de 658 Megawatts (MW). Ao todo, a empresa tem 1.633 MW em geração no país.
Com a Enel Distribuição Rio (antiga Ampla), no Estado do Rio, a Enel distribuição Ceará (antiga
Coelce), no Ceará e agora a Celg, em Goiás, o grupo Enel passa a deter quase 10% do mercado
de distribuição do país.
Em fontes renováveis, a Enel está investindo US$ 2,3 bilhões: 442 MW em projetos eólicos, 102 MW em projetos hídricos e 807 MW de projetos solares.
A Enel é a empresa que está realizando o maior investimento em usinas solares no país. Segundo a empresa, desse total, cerca de US$ 1 bilhão está sendo investido na construção de quatro usinas solares, das quais duas são as maiores em construção na América Latina: Nova Olinda com 292 MW de capacidade, no Piauí; e Ituverava de 254 MW, na Bahia.