Redação (08/05/06)- A crise enfrentada pelos produtores rurais foi o principal assunto dos discursos da abertura do Enipec 2006 – Encontro Internacional de Negócios da Pecuária, que aconteceu na noite deste domingo (7), no Centro de Eventos do Pantanal.
A crise enfrentada pelos produtores rurais foi o principal assunto dos discursos da abertura do Enipec 2006 – Encontro Internacional de Negócios da Pecuária, que aconteceu na noite deste domingo (7), no Centro de Eventos do Pantanal. A expectativa dos organizadores é que com as 76 palestras e os outros eventos paralelos surjam novas idéias e soluções para as dificuldades.
O Enipec pode ser a luz no fim do túnel. Para isso preparamos uma programação repleta de inovações com foco na gestão econômica e financeira, visto que a maioria dos produtores não dá muita atenção para este assunto. Queremos mudar esta realidade e fazer com que essa regra se torne exceção, destaca o coordenador do Enipec, Luiz Carlos Meister.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que é realizadora do Enipec, Homero Pereira, acrescentou que o produtor precisa buscar soluções para reduzir o custo de produção e ser mais competitivo no mercado. Pereira aproveitou para destacar que o protesto, chamado Grito do Ipiranga feito pelos produtores em todas as regiões de Mato Grosso e também em outros Estados é uma forma de mostrar que as atitudes do governo federal estão prejudicando aqueles que levam comida à mesa do brasileiro. Não é do nosso feitio fechar estrada, bancos e entidades, mas essa foi a única forma que encontramos de mostrar a nossa indignação.
Pereira garante que as dificuldades serão superadas e que a maioria deve continuar na atividade. Segundo ele, as crises são cíclicas e, agora, é o momento de buscar soluções. Somos maior que a crise, afirma o presidente da Famato.
O governador Blairo Maggi destacou que se nada for feito, Mato Grosso pode perder até 100 mil empregos em 2006. O problema da agropecuária atinge todo o Brasil, ressalta.
Na opinião de Maggi, a saída é conquistar a opinião da sociedade urbana sobre a importância do agropecuarista. Atualmente, as pessoas não têm mais noção de onde vêm a carne, o ovo ou o frango. Precisamos conscientizá-los que por trás das mais simples ações do dia-a-dia das pessoas que vivem na cidade tem um empresário rural. Para o pão, café e leite chegar até a mesa do cidadão é necessário o trabalho de vários produtores rurais, explica.
Ele aproveitou para anunciar que no dia 16 de maio se reunirá, no Congresso Nacional, em Brasília, com mais 12 governadores de Estados que têm a agricultura e a pecuária como base da economia. Em seguida teremos um encontro com o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva e faremos nossas reivindicações.
PROGRAMAÇÃO – O Enipec traz esse ano abordagens teóricas com 41 palestras no Salão do Conhecimento atividades práticas – oficinas, cursos, mostras, visitas técnicas – e espaços interativos. Cada cadeia pecuária tem seu espaço próprio: apicultura, aqüicultura, avicultura, bovinocultura de corte e de leite, caprinocultura, crocodilicultura, eqüideocultura, estrutiocultura (criação de avestruz), ovinocultura e suinocultura.
Nessa terça-feira (9), às 19h, acontece a solenidade de abertura do XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária. O evento trará 35 palestras e discussões sobre o uso de tecnologia em produção e reprodução animal, a prevenção e o diagnóstico de doenças, conceitos de higiene e saúde pública e doenças silvestres.