Redação SI 03/05/2005 – Continua elevada a oferta de suíno vivo nos frigoríficos. Os preços dos produtos in natura e industrializados no mercado interno estão em queda e, mesmo assim, o nível de consumo não aumenta. Como conseqüência desse quadro, as indústrias de processamento de carne de Santa Catarina reduziram novamente o preço básico pago aos criadores, que desceu de R$ 2,40 para R$ 2,30 o kg, na semana passada e, nesta segunda-feira (02/05), de R$ 2,30 para R$ 2,20.
Esse é o terceiro recuo em um mês. Em 11 de abril, caiu de R$ 2,50 para R$ 2.40 e, no final da semana, de R$ 2.40 para R$ 2.30, ou seja, uma redução de 12% em pouco mais de 17 dias. Ao preço básico soma-se o adicional de tipificação que pode chegar a até 8% de acréscimo.
No plano externo, o real sobrevalorizado em relação ao dólar faz com que a carne brasileira perca competitividade no mercado internacional.
“Uma série de fatores econômicos e mercadológicos está prejudicando a remuneração dos suinocultores”, observa o presidente da Coopercentral Aurora, José Zeferino Pedrozo. As agroindústrias de processamento de carne esperam que a chegada do frio provoque aumento do consumo de carnes e a melhoria do nível de preços no atacado e, por conseqüência, melhorando a remuneração do suinocultor. O novo patamar de preços passou a ser praticado por todas as agroindústrias de Santa Catarina.