Redação AI (25/07/07) – No primeiro semestre de 2007, o Brasil vendeu cerca de US$ 3,1 milhões, com produção de mais de 9,5 milhões de caixas de trinta dúzias.
O Estado de Minas Gerais, maior exportador do País, obteve no primeiro semestre deste ano, com a exportação de ovos in natura, receita da ordem de US$ 2,5 milhões. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, esta produção mostra um crescimento de 70% em relação à receita das vendas de ovos de Minas Gerais no mercado mundial em todo o ano de 2006. "Este número coloca o estado na posição de maior exportador de ovos in natura do Brasil", diz Marília Martha Ferreira, superintendente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais, (Avemig). As vendas nos primeiros seis meses deste ano foram de 2,5 mil toneladas no estado mineiro.
Para a superintendente do Avemig, embora o estado seja o segundo maior produtor do País – o primeiro é São Paulo -, as projeções para este ano são otimistas, por conta de ampliações em granjas localizadas no Sul do Estado de Minas. "Alguns produtores estão ampliando suas produções e seus espaços físicos. O momento é favorável porque o preço subiu para R$ 30, contra R$ 26 da média do ano passado, para caixas de trinta dúzias", diz.
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A maior referência em produção de ovos do estado é a região sul, onde está localizada a Granja Mantiqueira, no Município de Itanhandu, que registra o maior volume de embarque e receita do produto in natura de Minas. De acordo com Leandro Pinto da Silva, proprietário da Mantiqueira, a granja respondeu, em 2006, por cerca de 90% do faturamento das exportações de ovo de todo o País.
O empresário disse que o projeto da empresa é consolidar presença nos mercados atuais e abrir mais espaço para exportar cerca de US$ 5 milhões até dezembro deste ano. A Mantiqueira, que iniciou suas atividades há oito anos, conta com um plantel (grupo de animais de raça fina e selecionadas) de 3,2 milhões de aves, produzindo diariamente 2,5 milhões de ovos. "Com as atividades direcionadas para a exportação, investimos em automatização, especialização da mão-de-obra e expansão das instalações", conta.
Para o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), Luís Cássio da Paixão, o crescimento das exportações do produto mineiro no mercado internacional é o resultado do investimento na qualidade. O objetivo, de acordo com o porta-voz, é formular propostas para definição da política agropecuária de Minas Gerais. "Vamos continuar insistindo com os representantes dos segmentos desse agronegócio para investirem mais em novas tecnologias nas empresas e principalmente para não se descuidarem das normas de sanidade e de segurança alimentar", acrescentou o porta-voz.
Já os produtores de ovos de Bastos, interior de São Paulo, e responsável por 26,5% da produção do estado e 10,5% da produção do País, viveram em 2003 uma situação que poderia ter colocado em risco a economia de toda a região, mas que foi contornada por conta de ações da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura na criação de uma legislação específica, que incluiu a obrigatoriedade da vacinação em massa dos animais de todo o estado paulista.
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (Abef), o desempenho satisfatório do Brasil no mercado internacional, serve como um estímulo aos avicultores mineiros. As vendas de carne de frango do País bateram seu recorde histórico no primeiro semestre de 2007, alcançando cerca de 1,5 milhão de toneladas, contra 1,2 milhão de toneladas registrados no mesmo período de 2006, o que equivale a um crescimento de 24,4%.
Em receita, as exportações nos seis primeiros meses deste ano também bateram recorde, somando US$ 2,1 bilhões, ou crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2006, quando o resultado foi de cerca de US$ 1,5 bilhão.
