AGROMERCADOS
Terça-feira, 7 de dezembro de 2010 Nº 406 18h17
MENOS AÇÚCAR
O mercado de açúcar trabalha com a perspectiva de redução na produção brasileira, segundo Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consultoria. “Na próxima safra, a quantidade de cana a ser produzida pode não atender à demanda, o que deve se refletir nos preços”, diz o consultor.
TENDÊNCIA DE ALTA
Para Corrêa, apesar das quedas recentes do preço do açúcar nas bolsas (hoje inclusive), há fundamentos para a sustentação dos preços a médio prazo, como a menor produção no Brasil, as incertezas quanto ao volume da safra indiana e o déficit de 2,5 milhões de toneladas na China. Entre janeiro e outubro deste ano, mais de 17,4 milhões de toneladas de açúcar foram embarcadas pelo porto de Santos, 23% a mais do que em 2009.
QUEDA NAS BOLSAS
Nesta terça-feira, os preços internacionais do açúcar caíram nas bolsas. Em Londres, os contratos do açúcar refinado para março caíram US$ 11,50, fechando a US$ 732,30 a tonelada. Em Nova York, o açúcar demerara perdeu 0,60 cent, recuando a 28,41 cents por libra peso no vencimento março. O governo indiano disse estar planejando um aumento nas exportações do produto.
DÓLAR A R$ 1,68
O dólar fechou hoje com pequena alta de 0,12%, a R$ 1,68.
RETRAÇÃO
Os preços do milho tiveram leve queda nos últimos dias. Segundo os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), houve retração dos compradores. Além disto, o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras, e a perspectiva é de uma boa produtividade nesta safra de verão. A Companhia Nacional de Abastecimento promove novos leilões de venda de estoques governamentais nesta quinta-feira, com oferta de 454.185 toneladas.
MILHO RECUA
Os preços futuros foram cotados a US$ 5,61 o bushel para março em Chicago, queda de 6,25 cents. O milho na BM&FBOVESPA foi cotado a R$ 23,95 a saca no vencimento maio.
Os preços futuros da soja para entrega em janeiro caíram 3 cents no pregão desta terça-feira na bolsa de Chicago, fechando a US$ 12,85 o bushel. No vencimento maio, a saca de soja foi cotada a US$ 29,15 na BM&FBOVESPA, praticamente estável.
TURISMO RURAL
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Camara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, em caráter conclusivo, Projeto de Lei 5077/09, do deputado Silvio Torres (PMDB-PE), que regulamenta o turismo rural. A proposta seguirá agora para análise do Senado.
PREÇO MÍNIMO
Os produtores de algodão querem garantia de preço mínimo. Nesta terça-feira, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) defendeu em Brasília a adoção pelo governo de um instrumento de garantia para as vendas futuras. Sérgio De Marco, novo presidente da Abrapa, diz que o setor só perde para a construção civil em número de empregos.
SUPERÁVIT
Pelos cálculos da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o superávit da balança comercial deverá ficar em cerca de US$ 15 bilhões este ano. Se confirmado, esse resultado representa uma redução de cerca de 40% em comparação ao ano passado. A redução é consequência do aumento das importações.
ALTOS E BAIXOS
Os contratos futuros do café arábica fecharam a 207,90 centavos de dólar por libra peso no vencimento março, queda de 1,05 cent. Em Londres, os preços futuros do café robusta subiram US$ 15 no vencimento janeiro, para US$ 1.875 a tonelada. Na BM&FBOVESPA, o café arábica para dezembro fechou a US$ 250,40 a saca, com perda de 60 cents.
ÁGUA NO SUCO
Em Nova York, depois da forte alta da segunda-feira (4,88%), as cotações do suco de laranja para janeiro caíram 2,28%, recuando a 160,70 cents por libra peso no vencimento janeiro.
ARROBA A R$ 99,48
A arroba do boi fechou a sessão na BM&FBOVESPA a R$ 99,48, com queda de 44 centavos. Para janeiro, o boi está cotado a R$ 95 a arroba.
FECHA ASPAS
“A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos” – Marcel Proust.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA