AGROMERCADOS
Segunda-feira, 8 de novembro de 2010 Nº 388 18h28
SAFRA BRANCA
Animados com os altos preços do algodão nos mercados interno e externo, os agricultores planejam tingir de branco suas lavouras nesta temporada. Demanda forte, estoques reduzidos e cotações elevadas são responsáveis pela pevisão de aumento de mais de 30% na área plantada com a fibra no país.
FORTE EXPANSÃO
Os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam uma área entre 1.018 mil e 1.078 mil hectares, com acréscimo de mais de 200 mil hectares em relação à safra do ano passado.
INVASÃO
O algodão deve ganhar mais espaço em todas as regiões produtoras, especialmente nos cerrados de Mato Grosso (27%), Goiás (27,5%), Minas Gerais (31%) e Bahia (22%). Os agricultores estão animados com os bons resultados alcançados pela pluma no mercado internacional, que recentemente teve o maior preço dos últimos 140 anos na bolsa de Nova York.
PRIMEIRA SAFRA
Em Mato Grosso, o prolongamento da estiagem acabou favorecendo o algodão em detrimento da soja. Como o atraso do plantio do grão poderia comprometer o cultivo posterior da fibra, muitos produtores resolveram iniciar a safra em dezembro com o algodão. Com isto, o Estado voltará a ter uma boa produção de algodão de primeira safra.
DEVAGARINHO
As últimas estimativas do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola) indicam que mais de 50% da área prevista de soja em Mato Grosso já foram semeados, ante 68% no mesmo período do ano passado. Os técnicos já prevêem uma redução de 1,5% na produção de soja no Estado este ano.
SOJA FUTURA
Na BM&FBOVESPA, a soja para maio, o vencimento mais líquido, fechou o dia a US$ 29,23 a saca, com alta de 23 cents. Em Chicago, os contratos futuros da soja para janeiro caíram 9,25 cents no pregão de hoje, recuando a US$ 12,74 o bushel.
MAIS TRATOR
De janeiro a outubro, as indústrias de máquinas agrícolas venderam 59.850 tratores no mercado brasileiro, número 34,5% superior ao do ano passado, quando a crise atrapalhou o mercado. Na comparação outubro deste ano com o mesmo mês de 2009, houve uma queda de 5% nas vendas (6.160 para 5.855). Os números foram divulgados nesta segunda-feira em São Paulo pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
As vendas de colheitadeiras nos primeiros dez meses do ano subiram 37%, de 2.571 para 3.521, segundo a Anfavea. No mês passado, foram comercializadas 527 máquinas, 20% a mais do que em outubro de 2009.
FRUTA MURCHA
A estimativa da safra paulista de laranja 2010/11, divulgada na semana passada pela Conab, confirmou o que os técnicos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) já haviam antecipado. Houve uma forte quebra na safra, provocada pelas chuvas em 2009, que causaram o abortamento de boa parte da florada. Já a estiagem deste ano ocasionou murchamento das frutas e redução no rendimento das frutas.
SUCO FRACO
As cotações do suco de laranja na bolsa de Nova York caíram 1,02% no pregão desta segunda-feira, para 155,25 cents por libra peso.
DÓLAR A R$ 1,69
Com alta de 1,01%, o dólar no balcão fechou a R$ 1,69.
CAFÉ SOBE
Os preços futuros do café arábica para dezembro subiram 1,44% nesta segunda-feira, para 208,10 cents por libra peso na bolsa de Nova York. Na bolsa de Londres, o café robusta para janeiro teve forte alta de US$ 60, encerrando o pregão a US$ 2.046 a tonelada. Na BM&FBOVESPA, o café arábica para entrega em dezembro ganhou US$ 3,40, fechando o pregão a US$ 246,30 a saca.
MILHO CAI
O mercado futuro do milho inicia a semana em queda. Em Chicago, os contratos para dezembro fecharam o dia a US$ 5,85 o bushel, queda de 2,50 cents. Na BM&FBOVESPA, o milho para entrega em janeiro, cotado a R$ 28,09, fechou o pregão estável.
MERCADO DO AÇÚCAR
Em Nova York, o mercado futuro do açúcar mantém-se firme. Hoje os contratos do demerara para março tiveram leve alta de 0,38%, para 31,88 cents por libra peso. Na bolsa de Londres, o açúcar refinado para março teve leve alta de 0,27%, encerrando a sessão a US$ 778,60 a tonelada.
BOI GORDO
Os contratos do boi gordo na BM&FBOVESPA fecharam hoje R$ 115,96 a arroba, com alta de R$ 2,44.
FECHA ASPAS
“Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados” – FRIEDRICH NIETZSCHE.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA