AGROMERCADOS
Quinta-feira, 9 de setembro de 2010 Nº 350
NÚMEROS DO CAFÉ
A colheita de café, praticamente encerrada no Brasil, deve render 47,2 milhões de sacas, com aumento de quase 20% em relação à temporada anterior, segundo anunciou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A terceira estimativa da safra 2010 indica uma produção de 36 milhões de café arábica e 11,2 milhões de robusta.
MAIS DA METADE
Minas Gerais produziu mais da metade da colheita (52,3%) e 99% do café arábica, enquanto o Espirito Santo colheu 21,5% do total da variedade robusta.
PARA BAIXO
Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café, avaliza a previsão da Conab com ressalva. Segundo ele, a colheita ainda não acabou e pode haver uma revisão para baixo dos números, devido aos problemas climáticas na lavoura no final de 2009.
BOA QUALIDADE
Na avaliação do governo, o agricultor saiu favorecido desta safra. Colheu um produto de boa qualidade, com ganho de produtividade e preços mais rentáveis. A opinião é de Robério Silva, diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura.
DOSE CERTA
Para Robério, o ritmo da comercialização nesta safra beneficia os produtores. “O café está sendo colocado no mercado de maneira dosada, com preços mais elevados aos da última safra”, disse ele.
US$ 50 A SACA
A exportação brasileira deve chegar a US$ 6 bilhões em 2010, de acordo com os cálculos do Ministério do Agricultura, que prevê um ganho médio de US$ 50 por saca aos produtores.
QUEDA NA BOLSA
Os contratos do café arábica para dezembro em Nova York caíram 1,98% nesta quinta-feira, cotados a 190,70 cents por libra peso. Em Londres, o café robusta fechou o pregão a US$ 1.591 a tonelada em novembro, com perda de US$ 44. Por aqui, o café arábica para entrega em dezembro encerrou o dia a US$ 225,10 a saca, com queda de US$ 1,40.
CHURRASCO NA RÚSSIA
O Brasil vai fazer o churrasco da World Food Moscou 2010, feira de alimentos que acontece na próxima semana em Moscou. “A Rússia é o maior cliente da carne bovina in natura do Brasil”, diz Otávio Cançado, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).
BOI A R$ 93,45
PICANHA SUÍNA
Para a Rússia também foi a maior parte da carne suína exportada pelo Brasil em agosto: 165,8 mil toneladas, que renderam US$ 61,2 milhões. No total, o Brasil exportou US$ 885,4 milhões de janeiro a agosto deste ano, resultado 15% superior ao de 2009.
MERCADO INTERNO
Pedro Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), diz que este ano a forte demanda no mercado interno proporcionou bons preços aos produtores e à indústria de suínos.
CEIA NATALINA
Segundo o presidente da ABIPECS, os supermercados já estão encomendando cortes especiais para as festas de fim de ano, o que mantém os preços em alta. No mercado externo, a valorização cambial reduz a competitividade do suíno, diz ele. Com queda de 0,17%, o dólar no balcão fechou hoje a R$ 1,72.
LONGE DO PORTO
A falta de infra-estrutura nos portos brasileiros está afastando os navios dos portos brasileiros. É o que diz Wolfgang Goerlich, presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil. “Os armadores estão cancelando as suas viagens ao Brasil, devido as precárias condições dos portos. No couro, a perda estimada é de 10% dos embarques.”
BAIXA DA SOJA
Os contratos da soja para novembro recuaram 2,75 cents nesta quinta-feira em Chicago, fechando o pregão a US$ 10,46 o bushel. Amanhã o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga o novo relatório de oferta e demanda. Na BM&FBOVESPA, a soja para maio 11 fechou praticamente estável, a US$ 24,14 a saca.
ALTA DO MILHO
Na bolsa de Chicago, os contratos do milho para dezembro ganharam 8,75 cents no pregão de hoje, avançando a US$ 4,70 o bushel. Na BM&FBOVESPA, o milho para setembro fechou a sessão a R$ 23,58 a saca, queda de 12 centavos.
AÇÚCAR DISPARA
As cotações do açúcar demerara tiveram forte alta na sessão desta quinta-feira em Nova York. O contrato para outubro subiu 5%, para 22,67 cents por libra peso. Em Londres, o açúcar refinado para entrega em dezembro subiu 10%, encerrando o dia a US$ 569,30 a tonelada.
TEMPESTADE IGOR
O suco de laranja teve forte alta hoje na bolsa de Nova York, por causa da previsão de uma nova tempestade na costa americana. Os contratos para novembro ganharam 5,5%, avançando a 145,75 cents por libra peso em Nova York.
FECHA ASPAS
“A felicidade é para quem se basta a si próprio” – Aristóteles.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA SAFRAS, COM INFORMAÇÕES DA BM&BOVESPA
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