Não fosse a ocorrência do fungo da ferrugem, tudo parecia que ia bem no desenvolvimento das lavouras de soja de Mato Grosso, como informaram recentemente ao Valor agricultores do Estado e ratificaram as estatísticas divulgadas ontem (09/02) por Conab e IBGE. Mas, segundo Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), nesta semana começaram a aparecer sinais de problemas em algumas regiões produtoras relacionados à proliferação da doença e à produtividade de variedades precoces e médias.
Conforme Silveira, os sinais vieram de relatos enviados por e-mail por agricultores ligados à Aprosoja, suficientes para a entidade divulgar ontem um comunicado informando que prevê para o Estado uma produção de soja 1 milhão de toneladas menor que a inicialmente esperada. “Esperávamos algo próximo a 19 milhões de toneladas [a Conab elevou sua projeção para 18,962 milhões], mas, com esses problemas, a produção ficará em torno de 18 milhões”, afirmou o dirigente. Mesmo que o cenário pessimista se confirme, haverá um incremento de cerca de 600 mil toneladas em relação a 2008/09, levando-se em conta dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) sobre 2008/09.
Enquanto os problemas não se confirmam, a entrada da safra no mercado provoca queda de preços. Em algumas regiões do Estado, a retração em relação ao mesmo período de 2008 supera 30%.
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