Redação (30/10/2007)- Entre os suinocultores, a época de festas de fim-de-ano é considerada como a mais promissora. Não é para menos: o valor ao produtor registrado em setembro, de R$ 1,93 o quilo, saltou para R$ 2,25, em outubro. Entre os que trabalham em sistema integrado, os valores oscilaram de R$ 1,69 para R$ 1,90. Conforme o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, a alta já é tradicional nesta época do ano, pois o consumo interno aumenta consideravelmente, assim como a demanda pelo setor atacadista.
O incremento do número de abates também é considerado significativo, passando de 1,63 milhão de animais, calculados até junho, para 1,67 milhão, em setembro. O desempenho verificado neste ano se equivale ao observado em 2006.
O ano de 2007 está sendo marcante para o setor. O dirigente destaca os resultados positivos nas exportações de carne suína, que alcançaram, até setembro, 439.777 toneladas, no valor de US$ 855.482, contra 371.291 toneladas calculadas no mesmo período em 2006, representando US$ 725.625. No entanto, mesmo com o mercado favorável, os produtores não obtiverem retorno nos mesmos patamares.
"Apenas a partir de agosto é que a situação começou a melhorar, com os preços se ajustando aos custos de produção", disse. Entre os avicultores, a expectativa é de que a produção de aves natalinas – chester, bruster e peru – alcance 80 mil toneladas, volume 10% maior do que o registrado em 2006, com acréscimo nos preços do varejo oscilando entre 10% e 15%, valores que se refletem nos preços pagos aos produtores.
O incremento se deve, em especial, às demandas genéticas e de nutrição balanceadas exigidas na criação dos animais. Conforme o secretário-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, as espécies exigem manejo específico e desenvolvimento genético mais apurado, para desenvolvimento concentrado de carne no peito e nas coxas. Outro fator que impacta no preço são os custos de produção, que neste ano estão mais elevados por conta da alta dos preços do milho.