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Fim de embargo à carne gaúcha beneficia Goiás

<p>Suspensão do veto russo à carne do Rio Grande do Sul favorece Centro-Oeste, que passa a atuar no mercado interno da região. </p><p> </p><p></p>

Redação SI (04/04/06)- O fim do embargo do governo russo, que suspendeu, a partir de hoje, o veto imposto às carnes importadas do Rio Grande do Sul devido à ocorrência de febre aftosa, vai beneficiar, ainda que de forma indireta, os pecuaristas exportadores do Estado de Goiás. O embargo temporário, imposto em 13 de dezembro de 2005 por causa da febre aftosa tipo O no Brasil, será levantado a partir de hoje para o Estado do Rio Grande do Sul, informou ontem o Ministério da Agricultura russo em um comunicado, sem dar outras explicações.

A Rússia, maior consumidora de carne do Brasil, vetou em dezembro as importações de animais vivos, carnes bovina e suína de oito Estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes também haviam sido banidas as compras de carne do Pará e do Amazonas.

Segundo o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, o fim do veto à carne do Rio Grande do Sul vai elevar as exportações do produto por parte daquele Estado, que pode ter seu abastecimento interno comprometido. Neste caso, Goiás poderia ser beneficiado, uma vez que poderia suprir a escassez de carne naquela região.

Antenor Nogueira observou que todos os cuidados necessários foram tomados no Brasil a fim de evitar o avanço da febre aftosa e que Goiás seguiu à risca todas as medidas necessárias para isso. O ministro da Agricultura russo estará em São Paulo na próxima quinta-feira, dia 6. Na oportunidade tentaremos mostrar a qualidade do nosso produto e tentar ampliar o fim deste veto para outros Estados, declara Antenor.

Ele disse ainda que na semana passada foi à Argélia, que reabriu seu mercado ao produto goiano, o que representa um grande avanço. O país ficou entre os quatro maiores importadores de carne goiana até novembro do ano passado.

O secretário da Agricultura do Estado de Goiás, Odilon Claro de Lima, disse que Goiás já fez tudo o que podia em relação aos cuidados sanitários para evitar a contaminação do seu rebanho. Segundo ele, o resultado são 11 anos a completar em agosto que não é registrado nenhum foco de aftosa no Estado. Nossa tentativa agora será excluir o Estado do Paraná do Circuito Centro-Oeste, para facilitar as negociações de exportação da carne goiana, ressalta o secretário.