Redação (28/02/07) – De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Luiz Fernando Santos Carvalho, o plano de carreira fez parte dos itens acordados entre o governo e os funcionários durante a greve de novembro de 2005, que terminou com o reajuste de 20% aos trabalhadores. "Foi definido um grupo de trabalho após a greve, que propôs ao Ministério da Agricultura um projeto de lei para a nossa carreira. Mas o governo ainda não apresentou uma contraproposta", disse Carvalho.
Segundo ele, a primeira portaria, que vigorou até 31 de julho de 2006, foi renovada apenas em novembro e venceu no último dia do ano passado. "Até agora não houve uma manifestação do governo para conversar e a cobrança por uma paralisação é muito grande", explicou o presidente da Anffa. O Ministério da Agricultura tem 3,5 mil fiscais federais agropecuários e, segundo Carvalho, precisaria de ao menos 7 mil para atender as ações de fiscalização. "O País está desguarnecido e se bobear a febre aftosa volta", explicou.
O Ministério da Agricultura abriu recentemente concurso para contratação de 390 novos fiscais, apesar de a Anffa ter solicitado ao menos mil. O concurso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, após a Anffa ter encaminhado mais de cem denúncias de suspeitas de fraude na prova realizada no dia 4 de fevereiro.