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Fiscais em greve

<p>Paralisação ainda afeta abates de suínos em Santa Catarina.</p>

Redação AI 11/11/2005 – A greve dos fiscais agropecuários federais está forçando a redução dos abates em algumas indústrias frigoríficas, segundo informações de mercado não confirmadas pelas empresas. Rumores são de que a Coopercentral Aurora teria reduzido em até 50% os abates em algumas plantas, assim como frigoríficos menores como o Frigorífico Romani/Unibon, ambos com sede no oeste catarinense.

Para os industriais, muitos fiscais ao cumprir determinação judicial de voltar ao trabalho fazem “corpo-mole” e efetuam poucas certificações até quinta-feira (dia 10). Eles comentam que as exportações ficaram parcialmente comprometidas, com poucos contêineres deixando o país.

O superintendente do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Tarcísio Koch, disse que a determinação judicial, que estabelece que 30% dos fiscais do Estado trabalhem estava sendo cumprida. Segundo ele, a prioridade são os embarques do Porto de Itajaí para a Rússia, principal mercado para os suínos de Santa Catarina, e onde o inverno impede embarques tardios. Os últimos navios estariam partindo nos próximos dias.

Alguns produtores de suínos não conseguem vender, como é o caso do produtor independente Alfeu Petkov, de Concórdia. Além de não poder mandar suínos vivos para o sudeste por conta da barreira de São Paulo aos animais catarinenses, Petkov não está vendendo para as agroindústrias do Estado.

Dono de um plantel com três mil reprodutores, ele diz que não há procura das indústrias. “Geralmente, as indústrias do Estado sempre compravam um pouco dos independentes. Mas hoje estão concentrando exclusivamente nos seus produtores-integrados”, diz.

O secretário de agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, pediu ao Ministério da Agricultura autorização para que os trabalhos dos fiscais federais fossem feitos pelos estaduais, dada a emergência.