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Fórum Internacional de Carne Suína

<p>Sanidade é apontada como principal entrave para a abertura de novos mercados.</p>

Redação (08/09/2008)-  Os desafios da produção sustentável estiveram em foco no Fórum Internacional da Carne Suína, realizado hoje pela manhã (05.09) na Casa da RBS, instalada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O evento foi promovido pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e Canal Rural. O Fórum, que foi transmitido ao vivo para todo o país pelo Canal Rural, contou com a participação de diversas autoridades ligadas ao setor. Destaque para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto; o representante do Itamaraty, o secretário chefe da Divisão de Informações Comerciais do Eresul, Rodrigo da Costa Fonseca e o Conselheiro de Agricultura, Pesca e Alimentação da Embaixada da Espanha, Jesús Salas Zapatero., que compuseram a mesa.
 A sanidade foi colocada como principal entrave para a abertura de novos mercados externos. A febre aftosa, mesmo não atingindo o rebanho suíno, afeta diretamente a cadeia, pois os principais países importadores exigem certificação de área livre da doença. Pedro Camargo ressaltou que o Brasil precisa ‘fazer a lição de casa’ para que as barreiras sanitárias caiam. “Temos tudo para nos tornarmos o maior exportador de carne suína do mundo. Mas ser líder evolve responsabilidades e precisamos nos adequar às exigências do mercado”, destacou. Para Camargo Neto a exportação é o vetor de transformação da pecuária nacional, pois cria novos critérios de qualidade. Ele considera importante não deixar de valorizar o mercado interno, que atualmente é o grande patrimônio da suinocultura brasileira.

 O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, reforçou a importância do mercado interno e disse que as exportações servem de parâmetro para a qualidade da carne suína. Conforme Folador, muito já foi feito e muito ainda há por fazer com relação à sanidade, que depende de um trabalho conjunto de todo o setor produtivo e órgãos públicos. Folador também defendeu a necessidade de municiar com informações os articuladores brasileiros que negociam com o mercado internacional. “Precisamos pensar seriamente nisso, pois são eles que vão defender o nosso mercado lá fora”, observou.
 Zapatero também destacou que a sanidade do rebanho é importante para a abertura de mercados externos. Ele sugeriu que sejam criadas empresas mistas, com a participação de produtores e distribuidores dos dois países. Para o representante espanhol, outro fator que impede o crescimento da suinocultura brasileira é a falta de propaganda do seu produto. “Deve haver um plano para divulgar as vantagens da carne suína, informar o consumidor, fazer propaganda da carne fora do Brasil também”, frisou. Segundo Zapatero, os custos de produção no Brasil são em torno 50% menores do que na Espanha.
 Para o representante do Itamaraty, Rodrigo Fonseca, é importante que o Brasil fique atento às novas possibilidades de mercados, para não ficar refém de um único exportador. Neste sentido, destacou que o papel do Itamaraty é ajudar os produtores brasileiros para abrir novos mercados externos, sem descuidar do mercado interno.
 O Fórum contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental (IBPS), do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPSRS) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Após o Fórum foi realizada degustação em conformidade com a campanha “Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína”.