O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, disse que, se o setor continuar sem ajuda do governo para comprar milho, o preço do frango ainda pode subir de 30% a 40%. Nessas condições, o quilo da ave congelado passaria de R$ 3,20 para R$ 4,10 no Paraná.
O executivo considera que muitas indústrias avícolas estão sem capital de giro para comprar o insumo e que parte dos agricultores retém o cereal colhido no inverno à espera de novos reajustes. Essa promessa de preços ainda mais elevados vem, em boa medida, do interesse dos fundos de investimentos pela commodity.
O quadro, que encarece o custo de vida pelo aumento nos preços finais das carnes, estaria obrigando os frigoríficos a reduzir suas atividades. O corte já chegou a 5.750 empregos, informa a Ubabef.
O teto para os preços das carnes suína e bovina ainda vem sendo calculados. Os especialistas em bovinocultura afirmam que a arroba de boi, que no Paraná atingiu o recorde de R$ 102 em dezembro de 2011, pode chegar a R$ 100. No caso da suinocultura, os R$ 2,46 por quilo pagos nesta semana ao produtor jamais foram atingidos pelas médias históricas do estado. O setor ainda testa os limites dessa cotação.
Valores
R$ 92 por arroba de boi gordo estão sendo pagos no Paraná. O preço pode chegar a R$ 100 ainda neste ano e provocar reajustes nos supermercados, avalia o zootecnista Paulo Rossi, coordenador do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura, na Universidade Federal do Paraná.