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Frango e carne mais baratos estão com os dias contados

<p>A tendência de aumento de preços não deve mais parar.</p>

Redação AI (10/04/06)- A fase de preços baixos ao consumidor das carnes de frango e boi está com os dias contados, pelo menos esta é a expectativa no mercado produtor. Depois de seguidas semanas de queda de preço, o valor pago pelo frango ao produtor subiu na primeira semana de abril, segundo dados da pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola de Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o Cepea, o preço pago pelo quilo do frango vivo, na faixa dos R$ 0,80, ainda não cobre os gastos do produtor. O preço do quilo do frango congelado e resfriado chegou, respectivamente, a R$ 1,45 e R$ 1,60. Nas últimas semanas, os criadores estavam sacrificando parte da produção e abatendo as aves antes do peso ideal para controlar a oferta.

Em meados no mês passado, o preço do quilo do frango congelado podia ser encontrado em São Paulo por pouco mais de R$ 1 e o preço da ave pago ao produtor havia caído 23% em relação ao começo do ano. O aumento do consumo por conta do preço baixo do produto, segundo o Cepea, também incentivou a valorização do frango.

Outro fator que deve fazer o preço da carne subir é a retomada de parte das exportações. Na semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a retomada das exportações de carne de frango do Paraná e do Mato Grosso do Sul para a Rússia, que estavam suspensas desde outubro do ano passado, por conta dos registros de febre aftosa no país.

Segundo o Governo, os russos decidiram excluir do certificado veterinário para carnes a aves as garantias que se referem a enfermidades que afetam outras espécies de animais como a febre aftosa e a peste suína africana. O preço estava em baixa por causa da queda nas exportações provocada por causa da gripe aviária na Ásia e na Europa.

Das 856,7 mil toneladas de frango produzidas no Brasil em janeiro, apenas 206,6 mil toneladas foram exportadas. O percentual tradicional de exportação é de 30%. Em fevereiro, a exportação caiu 7,9% em relação ao mês anterior.

Os preços das carnes bovina e suína estavam em queda principalmente em razão do embargo russo à carne brasileira. Segundo dados do Cepea, na semana passada, a tendência ainda era de queda de preço nos mercados bovino e suíno. A Rússia sozinha exporta cerca de 65% da carne suína produzida no Brasil e é o maior exportador individual da bovina.