Redação (05/11/2007)- A velha história de que "aonde o boi vai, o frango vai atrás" já não está funcionando. Pelo menos nos últimos tempos, já que o frango vivo vem registrando uma evolução de preços inversa à do boi em pé e até mesmo do suíno vivo.
Neste ano, o boi e o suíno mantêm esse comportamento. Tanto que, em relação a maio passado, o preço pago pelo boi em pé evoluiu, até outubro, perto de 20%, enquanto o preço pago pelo suíno (que se encontrava subvalorizado) apresentou variação de 42%. Já o frango, nesse mesmo período apresentou valorização inferior a 3%, porquanto nos últimos dois meses suas cotações vêm sendo decrescentes.
Esse comportamento, não há dúvida, é reflexo da perda de participação da ave viva no mercado do frango. Ou seja: como a maior parte da produção é integrada, o frango vivo passa a ser, também, subvalorizado. Paradoxalmente, no entanto, ele permanece como sinalizador de preços do frango abatido, tanto no atacado quanto no varejo.
Neste caso, sob o argumento (dos compradores) de que "o preço do frango vivo continua decrescendo", muitos abatedouros vêem frustrada a tentativa de repassar os aumentos de custos enfrentados na produção. E não adianta contra-argumentar: senão totalmente, a ave viva é o ponto de partida para o estabelecimento dos demais preços.