Redação AI (20/04/06)- A deflação estimada para o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) em abril, após a alta de 0,14% no fechado de março, não deve perdurar. A avaliação é do responsável pelo indicador, o economista Paulo Picchetti, que aborda o frango como uma das principais causas para elevar o IPC em maio. O frango está deixando de ser o mocinho da história para ser o vilão, antecipa.
Em um ano contabilizado até março, o frango acumula queda de 17%. Se recuperar em maio e avançar 17%, o impacto no IPC do mês será de 0,16%, o que é muito, explicou ao citar análises que já consideram, inclusive, uma interferência maior no índice, de até 1%.
Nas últimas semanas, o preço do frango sofreu barateamento em virtude de desempenho menor nas vendas para o mercado externo, por conta do surto de gripe aviária, assim como no mercado interno, cuja demanda havia estabilizado. Como não havia expectativa de o consumo absorver a produção, os criadores resolveram reduzir os preços.
Por outro lado, o economista não mostra preocupação com um possível aumento no IPC de maio, pois sugere que o avanço deva ser pequeno, devido à continuidade na queda dos preços dos alimentos e dos combustíveis no próximo mês.