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Frango pode dar a tônica no aumento do IPC

<p>Produto está deixando de ser o mocinho da história para ser o vilão.</p>

Redação AI (20/04/06)- A deflação estimada para o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) em abril, após a alta de 0,14% no fechado de março, não deve perdurar. A avaliação é do responsável pelo indicador, o economista Paulo Picchetti, que aborda o frango como uma das principais causas para elevar o IPC em maio. O frango está deixando de ser o mocinho da história para ser o vilão, antecipa.

Embora na segunda quadrissemana de abril o frango tenha alcançado a maior queda entre os itens pesquisados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com 11,88% e contribuição de 0,11% para o IPC do período, já há um aumento para o produtor que pode chegar até o bolso do consumidor.

Em um ano contabilizado até março, o frango acumula queda de 17%. Se recuperar em maio e avançar 17%, o impacto no IPC do mês será de 0,16%, o que é muito, explicou ao citar análises que já consideram, inclusive, uma interferência maior no índice, de até 1%.

Nas últimas semanas, o preço do frango sofreu barateamento em virtude de desempenho menor nas vendas para o mercado externo, por conta do surto de gripe aviária, assim como no mercado interno, cuja demanda havia estabilizado. Como não havia expectativa de o consumo absorver a produção, os criadores resolveram reduzir os preços.

Por outro lado, o economista não mostra preocupação com um possível aumento no IPC de maio, pois sugere que o avanço deva ser pequeno, devido à continuidade na queda dos preços dos alimentos e dos combustíveis no próximo mês.