Redação AI (28/09/06)- Um projeto da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), executado pela Embrapa Informática Agropecuária, de Campinas (SP), pretende uniformizar os dados de localização, a quantidade de estabelecimentos, de animais e o tipo de criação, entre outros dados, de todas as granjas avícolas do Brasil.
A previsão é de que até o fim do ano todos os estabelecimentos aviários (sejam granjas de corte, de postura, matrizeiros, produtores de pintos e criações comerciais caipiras, entre outros) estejam cadastrados em um sistema único, que a princípio tem o nome de WebGran.
Dados uniformes
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Já o trabalho da Embrapa é desenvolver um software que contenha o cadastro de cada granja, o tipo de produção, o produtor, número de animais e sua localização no País, a partir de fotos de satélite e dados de latitude e longitude, que serão fornecidos pelos estabelecimentos, Estados ou associações, além dos dados que o ministério já possui.
Emergência sanitária
“Esta localização, com coordenadas do sistema de posicionamento global, é muito importante em caso de alguma emergência sanitária”, explica o pesquisador Silvio Evangelista, da Embrapa. “Com tais informações em mãos, se houver, por exemplo, ocorrência de gripe aviária no País, as medidas de emergência ganham agilidade”, continua. “Em um minuto é possível localizar no mapa a granja com suspeita de contaminação e todas as outras granjas próximas.” A localização de cada granja tem sido transportada para o Google Earth, serviço da internet que disponibiliza imagens de satélite de todo o globo terrestre.
Conforme Mota, a partir da visualização da área atingida pode-se tomar providências previstas no Plano Brasileiro de Prevenção à Influenza Aviária e Newcastle, como isolamento da área, medidas de vacinação e de vazio sanitário.
A partir do momento em que o software estiver pronto, ele será posto à disposição de todas as Secretarias de Agricultura do País. “Serão dados muito preciosos também para os Estados, para que eles possam traçar estratégias de prevenção a doenças aviárias”, diz Mota, do ministério. “Por exemplo, onde haveria necessidade de construir barreiras sanitárias, onde há maior necessidade de veterinários, além de ter dados que revelem a sua real condição epidemiológica.”
