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Governo quer mais embarques por parte do agronegócio

Qualidade, sanidade, tecnologia e preservação ambiental: esse é o marketing que garantirá a inserção dos produtos do agronegócio brasileiro no mercado internacional.

Da Redação 19/01/01 – A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, que apresentou ontem a agricultores de todo o País, por meio de videoconferência, o Plano Agrícola e Pecuário 2001/2002.

Durante sua exposição, onde ressaltou os principais pontos do plano, Pratini de Moraes disse que o governo federal está mobilizado para garantir acesso a mercados, seja através de acordos bilaterais, multilaterais ou blocos regionais. “Não vamos mais abrir nosso mercado. Queremos vender, mas com bom preço e buscando reconhecimento. Desta forma, estamos investindo em ações no campo sanitário e na qualidade de nossos produto”.

O ministro enfatizou que outra prioridade do governo é garantir renda ao produtor com o lançamento de instrumentos de apoio à comercialização da safra, como os Contratos de Opção e Venda e Aquisições do Governo Federal (AGF).

“São mecanismos que estabelecem um preço mínimo de venda, visando remunerar o produtor para que ele se mantenha na atividade”, acrescentou.

Pratini de Moraes também enfatizou o desempenho do agronegócio na balança comercial, com as exportações atingindo US$ 17,3 bilhões, sua participação no PIB (27%) e na geração de emprego (26,6% do PEA (População Economicamente Ativa).

Com relação ao Plano Agrícola e Pecuário, o ministro lembrou, entre outras novidades, o aumento de recursos destinados ao custeio e investimento da safra 2001/2002 com juros subsidiados (8,75% ao ano) em relação à safra anterior.

“Ao todo, serão aplicados quase R$ 17 bilhões e nossa preocupação é baixar os custos financeiros e acabar com a indexação”.

Respondendo a pergunta de um telespectador, Pratini de Moraes voltou a comentar sobre as implicações do atentado terrorista ocorrido há uma semana nos Estados Unidos. Segundo ele, do ponto de vista do setor agrícola não haverá impacto negativo.

“Ao contrário, surgirão novas oportunidades de negócios com mercados não tradicionais. Não vamos ter prejuízos, mas vamos ter que lutar por esses mercados”, previu o ministro.