Redação (30/08/06)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, defendeu hoje (30/08) a necessidade de aprovação da Política Nacional de Abastecimento, em tramitação no Congresso. Isso é indispensável para o País, e o Estado tem obrigação de participar da elaboração da proposta, destacou, ao participar do Seminário Política Nacional de Abastecimento na Ótica da Segurança Alimentar Nutricional, promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
De acordo com o ministro, a política nacional de abastecimento precisa garantir o suprimento do País de um modo geral. Ao mesmo tempo, prosseguiu Guedes, ela precisa atender as camadas da população que vivem em situação de insegurança alimentar por falta de renda ou que estão passando por emergências provocadas por problemas climáticos, como enchentes ou seca prolongadas. A prioridade do deste governo é a segurança alimentar, que deu origem ao Programa Fome Zero.
Guedes ressaltou que a Conab tem papel fundamental na execução da Política Nacional de Abastecimento. A estatal, assinalou, é a responsável pela formação dos estoques reguladores oficiais, pela política de garantia de preços mínimos e pelo Programa de Aquisição de Alimentos. No início de 2003, os estoques públicos do País eram de 250 mil toneladas de grãos e a empresa tinha apenas 33 armazéns funcionando. Hoje, os estoques públicos chegam a 4,5 milhões de toneladas, quase vinte vezes mais, e temos 90 armazéns.
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A Conab, destacou o ministro, tem participação ativa na gestão do programa de segurança alimentar do governo federal, do qual também participam o Consea e os ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário. Além de beneficiar milhares de pessoas carentes, a compra de produtos agrícolas contribui para melhorar a renda dos agricultores familiares. Segundo Guedes, o Programa de Aquisição de Alimentos já atingiu mais de 150 mil agricultores familiares.
A compra de alimentos também serve para dar sustentação aos preços agrícolas nas regiões produtoras. Às vezes, o simples anúncio de que a Conab vai adquirir os produtos faz com que os preços reajam, comentou o ministro. Ele disse ainda que a agricultura está recebendo agora o maior apoio do governo federal nos últimos 20 anos. O Ministério da Agricultura está investindo R$ 2,45 bilhões na comercialização agrícola. Já apoiamos a comercialização de 13,5 milhões de toneladas de grãos e poderemos chegar a 20 milhões de toneladas.
