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IBGE mostra que abates de carnes no Paraná estão em recuperação

<p>O crescimento atinge bovinos, suínos e frangos no Estado no segundo trimestre de 2006.</p><p></p>

Redação (29/09/06)- A produção pecuária no Paraná aponta para uma tendência de recuperação dos abates depois do Estado ter enfrentando uma séria crise no ano final do ano passado com o cancelamento dos contratos de exportação de carnes por causa das suspeitas de febre aftosa e dos reflexos da gripe aviária na Europa.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (28) mostra crescimento dos abates de bovinos, suínos e frangos no Estado no segundo trimestre de 2006.

O abate de suínos foi o que mais cresceu. Passaram de 1,76 milhão de cabeças no período janeiro a junho de 2005 para 1,90 milhão de cabeças no mesmo período deste ano, uma elevação de 6,21%. Os suinocultores identificaram no primeiro e segundo trimestre de 2006 um período ideal para desovar os estoques e elevar os abates após um período de preços baixos, afirmou o médico veterinário Tiago Tamanini, do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Deral).

Segundo o técnico, com a elevação dos preços no mercado interno e a isenção do ICMS na carne bovina, determinada pelo Governo do Estado, houve uma recuperação dos ganhos dos suinocultores e os animais voltaram a ser abatidos. A isenção tributária permitiu o Paraná vender mais carne suína para outros Estados, explicou.

Os abates de bovinos também apontam para recuperação. No primeiro semestre deste ano foram abatidos 705.469 bovinos, uma alta de 2% sobre o mesmo período do ano passado quando foram abatidos 691.581 animais. Para o médico veterinário Fabio Mezzadri, do Deral, os reflexos da crise gerada com a suspeita de febre aftosa no Estado estão passando e isso se reflete na elevação dos abates. A tendência é de recuperação dos contratos de exportação o que vai provocar maior elevação de abates daqui para frente, disse. Segundo Mezzadri, muitas missões internacionais já vieram ao Estado para avaliar a sanidade de frigoríficos e propriedades para retomarem as compras de carne bovina no Paraná.

Avicultura
Também a avicultura está se beneficiando com essa onda de recuperação. No acumulado do primeiro semestre deste ano, os abates de frango cresceram 4,6% passando de 464.725.530 cabeças abatidas no período janeiro a junho de 2005 para 486.264.582 cabeças abatidas no mesmo período deste ano. O crescimento no Paraná foi superior à média nacional que foi de 1,83%. Os abates de frango no Brasil, no mesmo período, avançaram de 1,85 bilhão de cabeças para 1,88 bilhão de cabeças.

Após a ameaça da gripe aviária, no início do ano, quando muitos contratos de exportação foram cancelados por causa da queda de consumo de carne de frango na Europa, a tendência aponta para uma reversão do quadro de crise, avaliou o médico veterinário Roberto de Andrade Silva, do Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Segundo o técnico, o Paraná atingiu a colocação de maior exportador de frangos do País, com estrutura suficiente para recuperar rapidamente o volume de abates para atender os contratos.