O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) interrompeu em setembro uma sequência de seis meses seguidos de deflação, devido a uma aceleração em todos os três componentes, sobretudo no atacado, com destaque para os alimentos.
O indicador avançou 0,42% neste mês, após queda de 0,36% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (28/09).
Analistas consultados pela Reuters previam alta de 0,46% para setembro, segundo a mediana de 15 estimativas, que variaram de 0,40 e 0,48%.
Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve elevação de 0,53 por cento em setembro, após cair 0,61% em agosto.
O IPA agrícola passou de queda de 1,23% em agosto para variação positiva de 0,01% em setembro. O IPA industrial teve alta de 0,69 por cento neste mês, contra baixa de 0,41% no passado.
As maiores altas individuais de preços no atacado vieram de açúcar cristal, óleo combustível, cana-de-açúcar, laranja e batata-inglesa.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,28% neste mês, ante alta de 0,16% no anterior.
A aceleração partiu do grupo Alimentação, que passou de estabilidade em agosto para alta de 0,57% em setembro.
Os principais aumentos de preços no varejo foram de limão, tomate, mamão papaia, gás de bujão e batata-inglesa. O salto do limão foi de 98% em setembro, depois de já ter subido fortes 74% em agosto.
Os produtos alimentícios in natura têm tido suas colheitas e plantações prejudicadas pelas fortes chuvas, o que causa uma menor oferta e uma alta de preços.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,07 por cento em setembro, contra variação positiva de 0,01% em agosto.
No ano, o IGP-M acumula queda de 1,61% e nos últimos 12 meses, de 0,40%.
A FGV atrasou a divulgação do indicador, que estava prevista para as 8h, devido a problemas em seu site.