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Indústria da carne depõe na CPI

Abate clandestino, elevada carga tributária e concentração do lucro nas mãos do varejo.

Da Redação 12/08/2003 – Esses foram os problemas apontados pelos representantes da indústria em depoimento ontem (11) à CPI das Carnes. Os supermercados ficariam com mais de 50% dos lucros. Segundo o presidente do Sicadergs, Mauro Lopes, a irregularidade é o inimigo comum a ser combatido. Considerando o índice de abate clandestino em 1 milhão de cabeças/ano, o Rio Grande do Sul deixaria de arrecadar R$ 42 milhões. A clandestinidade e guerra fiscal, destaca, são “os vilões da pecuária de corte”. Para Lopes, falta “um forte trabalho de fiscalização fazendária e sanitária e programas eficazes de rastreabilidade”.

O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos (Sips), Aristides Vogt, afirmou que o varejo represa, em média, 53% dos lucros da cadeia produtiva. São cinco os desafios a enfrentar, enumera: questão sanitária, aumento da oferta, elevação dos custo de produção, elevada carga tributária e deficiência tecnológica. “Os depoimentos desse elo são necessários para que possamos cruzar informações e chegar a uma conclusão definitiva sobre o que ou quem está levando vantagem nisso”, explica o presidente da CPI, Jerônimo Goergen (PP). Os próximos depoimentos serão ouvidos no dia 18.