A indústria suína no Brasil mantém uma trajetória de crescimento notável, com a produção em 2025 projetada para atingir 5,45 milhões de toneladas, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Este avanço consolidará o oitavo ano consecutivo de expansão desde 2017. Os números refletem um salto impressionante na produção desde 1980, quando o país produzia 995 mil toneladas, representando um crescimento de mais de 440%.
Consumo Interno e Competitividade
Embora o consumo per capita permaneça estável em 19 quilos, a competitividade da carne suína em relação a outras proteínas e o equilíbrio nos custos de produção continuam sendo fatores que impulsionam a demanda doméstica. Segundo Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a boa precificação do produto é essencial para manter esse cenário favorável.
Exportações em Alta
O setor exportador também demonstra um desempenho expressivo, com um aumento significativo nos volumes enviados ao exterior. Em 2024, o Brasil exportou 1,35 milhão de toneladas de carne suína, consolidando-se como o quarto maior exportador mundial. Para 2025, as exportações devem alcançar 1,45 milhão de toneladas, um crescimento de 7,4%.
O Brasil está prestes a ultrapassar o Canadá e conquistar o terceiro lugar no ranking global de exportadores. A melhoria nas exportações para a China e a certificação de plantas para atender a América Latina são fatores que devem impulsionar ainda mais os números. Além disso, mercados como Filipinas, México e Chile mostram grande potencial para a carne suína brasileira.
Destinos de Exportação
A Ásia segue como o principal mercado, respondendo por 67,04% das exportações em 2023, o equivalente a 815.356 toneladas. As Américas vêm em segundo lugar, com 19,77%, seguidas pela África (8,34%) e Oriente Médio (3,96%). A Oceania e a União Europeia representam participações marginais, mas reforçam a abrangência global das exportações brasileiras.
Projeções Futuras
Com a manutenção de um mercado interno estável, aliada à expansão das exportações e abertura de novos mercados, a indústria suína brasileira caminha para um papel ainda mais relevante no cenário global. A competitividade, a eficiência produtiva e o investimento em certificações continuarão sendo os pilares desse crescimento sustentável.
Referência: ABPA