Redação (05/03/07) – A leve aceleração na taxa do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) do Rio de Janeiro (de 0,38% para 0,40%) na passagem do indicador de até 22 de fevereiro para o índice de até 28 de fevereiro, foi causada por elevações de preços mais intensas em Alimentação (de 1,28% para 1,31%) e em Transportes (de 0,15% para 0,25%) no período. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz.
Segundo ele, o setor de alimentos foi pressionado pela disparada nos preços de laticínios (de 0,39% para 1,17%) e pelo fim da deflação nos preços de aves e ovos (de -1,33% para 0,65%). Além disso, a queda nos preços das carnes bovinas perdeu força no período (de -4,58% para -3,68%). "Os alimentos in natura continuam pressionando o indicador", afirmou, explicando que os preços das hortaliças e legumes subiram 18,50% no IPC-S de até 28 de fevereiro, no Rio de Janeiro.
Por sua vez, o setor de transportes contou com o impacto das elevações de preços mais intensas em trem urbano (de 1,70% para 3,01%) e transporte de van (de 1,35% para 1,58%).
Para a próxima apuração do IPC-S no Rio de Janeiro, que será referente à quadrissemana encerrada em 7 de março, o economista informou que não espera uma onda de "forte desaceleração" na taxa do indicador. Isso porque os preços das hortaliças devem continuar apresentando alta expressiva.
Além disso, os preços de vestuário, que registraram queda de 1,90% no IPC-S do Rio anunciado hoje, podem não permanecer em queda por muito tempo. "A época das promoções nas lojas está acabando", afirmou, considerando que os preços no setor provavelmente registrarão deflações mais fracas, daqui por diante.