O leilão de energia de reserva (LER) marcado para 19 de novembro deve contratar de 1 gigawatt (GW) a 1,5 GW de energia solar fotovoltaica, de acordo com as projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da associação, os investimentos envolvidos com essa energia contratada devem somar de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. O leilão vai negociar as fontes eólica e solar.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um preço máximo para a energia solar de R$ 320 por megawatt¬hora (MWh), o que foi bem recebido no setor. De acordo com Sauaia, isso deve ajudar a atrair um volume importante de empreendedores para a disputa.
“Com este preço-teto, o primeiro anunciado sob esta nova gestão do poder executivo, o MME [Ministério de Minas e Energia] corrobora sua competência continuada na definição de um preço inicial adequado para o setor solar fotovoltaico brasileiro e internacional”, disse Sauaia, em nota.
A Absolar defendia a contratação de cerca de 2 GW de energia da fonte solar, para fomentar a atração de investimentos relacionados à cadeia produtiva e à fabricação nacional. No entanto, levando em conta o ano desafiador para o setor elétrico por causa da crise econômica, a associação prevê que o leilão contrate apenas de 1 GW a 1,5 GW. Um dos obstáculos para o setor de energia solar é o câmbio, pois vários componentes são importados ou têm os preços indiretamente atrelados ao dólar.
Segundo a associação, os investidores precisam ficar atentos durante a apresentação de lances, especialmente no momento em que a política dos Estados Unidos passa por um momento de transição, havendo risco de volatilidade no câmbio