Lideranças dos maiores municípios e regiões produtoras ressaltam os retornos que a atividade proporciona, impulsionando o crescimento local e regional
Em 2009, segundo dados do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), o Estado abateu 6.662.691 suínos, quantidade que corresponde a um acréscimo de 0,91% em relação ao abate de 2008. Assim, o Estado se manteve como segundo maior produtor de suínos do Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina.
Dentre os municípios que produziram suínos para abate no Rio Grande o Sul, em 2009, cabe destacar Nova Candelária. Este foi o município que mais produziu suínos para abate (154.768), representando 3,34% da produção gaúcha. Segundo Ari Roehrs, vice-prefeito do município, “a administração municipal vê com bons olhos esta liderança, que já vem ocorrendo há mais anos. Isto demonstra o grau de qualidade dos suínos que produzimos. Além disso, a suinocultura representa 75% da produção primária do município e gera R$ 40 milhões por ano em valor adicionado.”
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Em seguida vem o município de Capitão, tendo produzido 117.075 animais, quantidade que corresponde a 2,53% da produção estadual.
Em terceiro lugar ficou o município de Três Passos, que produziu 115.463 suínos, representando 2,49% da produção no RS. Para Elso Severgnini, vice-prefeito do município, “historicamente sempre tivemos uma grande produção. Porém, há alguns anos atrás, devido à chegada de grandes empresas integradoras, o que acabou sofisticando a produção, tivemos uma queda do número de suinocultores do município. Alguns anos seguintes, com investimentos da administração municipal, este número de produtores voltou a crescer e, atualmente, a atividade está em ascensão. Além da produção de suínos, ou seja, sua carne, a atividade também gera os dejetos que, em muitos casos, são usados para adubar pastagens que servem para a criação de gado leiteiro”. Devido à expressiva produção da região, o município conta com o Núcleo de Criadores de Suínos de Três Passos, filiado à ACSURS, o qual é presidido por Elemar Hein.
Em relação às regiões produtoras, o Alto Taquari segue como maior produtor, tendo produzido para abate, no ano passado, 1.095.117 suínos, quantidade equivalente a 23,63% do total no Estado. Segundo Paulo Steiner, Coordenador do Comitê de Suinocultura do Vale do Taquari, esta liderança se deve, entre outros fatores, “porque a suinocultura é uma alternativa para a pequena propriedade rural, tendo em vista que não exige grandes espaços para instalar uma UPL, creche ou terminação”. Além disso, complementa Paulo, “o crescimento da atividade na região se deve muito em função do apoio do Poder Público Municipal que oferece diferentes incentivos pela importante contribuição da suinocultura no retorno de ICMS e na movimentação da economia interna dos municípios”.
A região do Noroeste Colonial vem em seguida, tendo produzido 813.857 suínos, que representa 17,56% da produção gaúcha.
Já a região Norte produziu 705.625 suínos, representando 15,23% da produção de suínos do Rio Grande do Sul.
Em quarto lugar, ficou a Serra, tendo produzido para abate 704.544 suínos, representando 15,20% da produção total do Estado. Logo atrás ficou a região fronteira noroeste, tendo produzido 637.549 animais, com uma participação de 13,76% no somatório gaúcho.
Segundo Valdecir Luis Folador, Presidente da Acsurs, estes dados demonstram a importância sócio-econômica da suinocultura no Rio Grande do Sul, principalmente para os municípios e regiões produtoras. “O suinocultor, dentro de sua propriedade, produz dentro das normas sanitárias, buscando o seu crescimento econômico. Isto requer vários investimentos que acabam impulsionando a economia de seus municípios, regiões e, consequentemente, do Estado. A suinocultura, hoje, é um dos pilares da produção primária no RS”, enfatiza Folador.
