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Livre de vacinação

<p>A decisão da OIE de reconhecer o estado de Santa Catarina como zona livre de febre aftosa sem vacinação pode significar a ampliação de mercados internacionais para a carne suína produzida no estado.</p>

Redação (25/05/07) – A decisão favorável ao pleito brasileiro, anunciada na última terça-feira na sede da OIE, em Paris (França), deve alavancar as exportações do estado, responsável por 26% da exportação brasileira do produto.

“O Brasil é o maior exportador de carnes do mundo, no entanto, por causa de restrições sanitárias, não tem acesso aos mercados que melhor remuneram os produtos”, explica o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio Marques. De acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o preço da carne suína in natura vendida pelo Brasil em 2006 correspondeu a apenas 62% do preço pago pelos mercados do Japão, Coréia do Sul e Estados Unidos, países que ainda não compram esse tipo de carne do Brasil.

Assim, a decisão da OIE pode abrir as portas de novos mercados e garantir renda mais elevada para os produtores brasileiros. Regiões do Uruguai e da Argentina, que também obtiveram da OIE título semelhante, já conseguiram entrar no mercado dos Estados Unidos, o segundo maior importador de carne suína do mundo, responsável por absorver 5% da produção mundial.

Já para se aproximar do mercado asiático, em que se destaca o Japão — comprador de 23% de toda carne suína exportada no mundo — é preciso investir num relacionamento de longo prazo. Esperando o reconhecimento da OIE, o Mapa promove, há dois anos, ações para que a carne de Santa Catarina fosse bem-recebida no mercado asiático, mesmo antes da obtenção do título de livre de aftosa sem vacinação.

“Em 2006 organizamos visitas ao Japão, Coréia do Sul e Indonésia. Este ano, uma equipe de técnicos japoneses virá conhecer a experiência de erradicação da aftosa do Brasil”, informa o coordenador geral de Acordos Bilaterais Regionais do Ministério da Agricultura, Márcio Rezende. “A decisão da OIE é um fator importante para o Brasil nas negociações”, acrescenta Rezende.