Redação (29/06/06) – O ex-ministro Roberto Rodrigues deixa uma obra bem feita à frente do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Mantega afirmou que, por ser amigo de Rodrigues, tentou demove-lo da idéia de abandonar a pasta da Agricultura, mostrando-lhe que ele fazia um bom trabalho e tirou o setor da crise que assolava o País. Mas ele possuía problemas familiares que o levaram a tomar essa atitude de sair do Governo, aponta Mantega. Este motivo foi, aliás, desdenhado pelo próprio Rodrigues ontem à tarde, durante entrevista coletiva com jornalistas.
O ex-condutor do ministério da Agricultura explicou que, apesar do líder do governo no Senado, Romero Jucá, ter mencionado que ele deixava o cargo devido a um problema de saúde de sua mulher, a informação era improcedente, pois sua esposa já estava doente quando ele assumiu o cargo, em 2003.
Rodrigues justificou a saída reiterando que sua missão estava cumprida e que muitos instrumentos necessários para ajustar o setor já não estavam mais ao seu alcance. Há uma crise profundíssima, e o governo tem seus instrumentos. Muitos temas transcendem a agricultura, disse.
Mantega se preocupou em enumerar as qualidades do ex-ministro da
O ministro era muito eficaz, meu amigo, empenhava um papel muito
importante, era um líder do setor, exímio conhecedor da agricultura brasileira e certamente vai deixar uma lacuna, argumentou.
Na avaliação de Mantega, a saída de Rodrigues não trará impacto na
economia, pois todas as medidas cabíveis de ajuda ao segmento agrícola já foram tomadas, a exemplo do lançamento da nova safra agrícola, dos novos pacotes de financiamento, renegociação de créditos anteriores e os recursos que foram disponibilizados para a realização de leilões para elevar o preço das mercadorias.
Ele (Rodrigues) fez a agricultura avançar muito, mas esta obra terá
continuidade com outros dirigentes e o trabalho que ele fez continuará a ser seguido, concluiu Mantega sem dar pistas de quem seria o provável substituto de Rodrigues na pasta.