Redação (11/09/06)- A cadeia produtiva suinícola gaúcha deverá estar totalmente georreferenciada até fevereiro. A estimativa é do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do RS (Sips), que prevê para o período o encerramento dos trabalhos a campo feito entre os criadores independentes, que representam 15% do segmento no Rio Grande do Sul. Até agora, 85% da cadeia produtiva, formada por produtores integrados, foi mapeada. Eles representam 7,7 mil suinocultores, que produzem 85% da carne suína gaúcha. O projeto está sendo executado desde 2005 por técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA), Superintendência Federal do Ministério da Agricultura (Mapa/RS), UFSM, Sips, Farsul e Senar.
O objetivo do georreferenciamento é, segundo representantes do setor, conquistar novos mercados importadores, como a União Européia (UE) e ainda parte do principal comprador internacional de carne suína, o Japão. Segundo o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, o país asiático representa 25% da comercialização da carne no mundo, algo em torno de 1,3 milhão de toneladas ao ano. “O problema é que os japoneses adotam o conceito de comprar apenas de países livres de aftosa, não por área como faz a Rússia”, reitera.
Neste sentido, a indústria acredita que o georreferenciamento, inédito na cadeia suína no país, torne o setor não suscetível a boicotes do mercado mundial. “Teremos controle da produção e agilidade nas questões de defesa sanitária”, aposta Kerber.
Atualmente, a Rússia é o maior comprador de carne suína do RS, que reponde por 65% das exportações brasileiras da carne àquele país. Até agosto, foram embarcadas 160 mil t, mesmo volume das remessas enviadas durante todo o ano passado.