Redação (09/01/07) – O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, projeta um aquecimento nas vendas de carne suína do estado já a partir deste mês de janeiro. “Nossa expectativa é positiva para este começo de ano, pois a safra de milho, embora menor em área, está em ótimas condições e deve ter um ganho de produtividade, devido ao clima.
Além disso, já neste mês ocorre a retomada dos embarques de carne suína para a Rússia”, destaca.
O dirigente afirma que o grande desafio para o produtor gaúcho é ganhar volumes maiores de dinheiro, situação que segundo ele não chegou a ocorrer em 2006, mesmo com a demanda aquecida pela carne gaúcha nos mercados interno e externo. “O lucro não chegou a ser repartido com o produtor, que praticamente ficou no zero a zero se levar em conta o custo fixo de produção”, salienta.
Folador afirma que o custo de produção variável gira em torno de R$
1,89/quilo de acordo com a Embrapa. Se a avaliação partir de custos fixos, o valor é superior, chegando a R$ 2,00/quilo. “Para o produtor independente, o custo varia nesta primeira semana do ano entre R$ 1,90 e R$ 1,95/quilo, valor que chega a R$ 1,60 para o produtor integrado. Esse valor fica muito próximo ao valor médio recebido, que gira de R$ 1,60 a R$ 1,85/quilo para o produtor integrado e independente, respectivamente”, disse.
Folador reitera que a campanha de marketing “Um novo olhar para a carne suína” será trazida ao estado e que contatos com a Emater, Senar e Sebrae visando a busca de parcerias já foi feito. “Ainda em janeiro queremos retomar os contatos para que até no máximo o final de março possamos estar com a campanha implementada, o que trará resultados positivos para toda a cadeia suinícola e conseqüentemente também para o produtor”, finaliza.