Em outubro, o mercado de suínos no Brasil registrou uma sequência de alta nos preços do suíno vivo e da carne suína, levando a média mensal a crescer pelo sexto mês consecutivo. Esse impulso veio principalmente das exportações recordes e da demanda aquecida no mercado doméstico, além da baixa oferta de animais em peso ideal para o abate.
Exportações em Alta
As exportações de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, apresentaram forte crescimento em outubro, atingindo volumes e receitas recordes para o mês. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que acompanha esses índices desde 1997, o setor alcançou seu melhor desempenho histórico.
Relação de Troca e Insumos
Apesar da alta nos preços do suíno, o poder de compra dos suinocultores frente ao milho recuou após oito meses de crescimento, devido à valorização mais acelerada do cereal. Em contraste, o poder de compra dos produtores de São Paulo em relação ao farelo de soja aumentou entre setembro e outubro, beneficiando a margem dos suinocultores.
Comparação com Carnes Concorrentes
A proteína suína se destacou entre as carnes concorrentes em outubro. Apesar das altas nas carnes suína, bovina e de frango, a valorização do preço da carne suína foi menos intensa, ampliando sua competitividade. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi vendida a uma média de R$ 13,18/kg, um aumento de 1% em relação a setembro.
O cenário de outubro reflete uma fase positiva para o setor suinícola, impulsionado por um contexto favorável de exportações e uma demanda estável, com competitividade ampliada frente a outras proteínas.