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Mercado vive momento de maior euforia, mas merece cautela

A menor oferta de carne suína vem proporcionado um maior fortalecimento dos preços frente aos meses anteriores.

Redação SI 06/08/2003 – A crise levou os criadores a diminuir os investimentos na produção e a abater as matrizes, com a redução de plantel chegando à casa de 20% no Estado, fato que justifica a menor oferta de carne e pressiona positivamente os preços.

Segundo o IEA, os preços na praça paulista tiveram alta de 12,24% em julho, acumulando incremento de 38,95% em 12 meses (julho/02 e julho/03). Entretanto, esta trajetória de alta é quebrada quando verificamos as cotações acumuladas de janeiro a julho deste ano, que mostram queda de 2,65% nas cotações do produto.

O momento nos parece de cautela, mesmo com os melhores ares pairando sobre este mercado, principalmente diante das quedas nos custos de produção, que possibilitaram aos produtores respirar um pouco mais aliviados.

Os preços do milho, principal insumo da atividade, caíram 9,85% no último mês de julho em SP e já acumula queda de 41,72% no ano. Com isso, o mercado já devolveu toda a alta registrada, acumulando em 12 meses variação positiva de apenas 0,94%.

A tendência neste momento é de uma melhora no varejo, com a chegada do pagamento de salários. Além disso, parece que a temperatura volta a cair no Sul e em alguns estados do Sudeste e do Centro-Oeste nesta semana, o que também pode ajudar nas vendas.

Quando às exportações, em julho passado, o País obteve divisas da ordem de US$ 41 milhões por meio das exportações de carne suína “in natura”, resultado que representa incremento de 8,7% sobre os US$ 37,7 milhões faturados no mesmo período do ano passado, com as vendas externas da commodity.

Os resultados apresentados pelo MDIC indicam que no mês que se encerrou, o Brasil enviou ao mercado internacional o volume de 37,8 mil toneladas desta carne ao preço médio diário de US$ 1.085,3 a tonelada.

Em comparação com julho de 2002, quando foram vendidas 36,9 mil toneladas ao preço médio de US$ 1.022,0/tonelada, o volume deste ano apresenta alta de 2,4%. Já o preço de comercialização registra elevação de 6,2% em relação ao ano passado.

Já quando verificadas as vendas de julho com as do mês anterior, vê-se que as exportações brasileiras de carne suína apresentam recuo de 2,6% em valor e de 5,5% em volume, visto que no mês de junho foram registradas vendas externas de 40 mil toneladas, com faturamento de US$ 42,1 milhões.