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Minas é referência no setor suinícola

<p>Um dos melhores materiais genéticos e os mais altos padrões sanitários do País estão no Estado.</p>

Redação SI (10/04/06)- Para reduzir a oferta, produtores estão aumentando o peso de abate de suas matrizes de 90 para 100kg. Os padrões sanitários de criação de suínos em Minas é um dos mais elevados do mundo e o estado detém um dos melhores materiais genéticos do país, concentrados o Triângulo e Alto Paranaíba, principais locais do estado em suinocultura. A Zona da Mata, as regiões Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Central e o Sul de Minas também se destacam na produção de suínos. E todas elas, sem exceção, estão vivendo um momento de crise.

Segundo Henrique Marinho Monteiro, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), em Ponte Nova, na Zona da Mata, o prejuízo dos produtores é de R$ 50 a R$ 80 por animal. Para amenizar um pouco a situação, os criadores estão aumentando o peso de suas matrizes para reter a oferta no mercado. ?Antes, o peso médio de venda era 90 quilos. Hoje, aumentamos para 100?, diz. Na região, são cerca de 120 produtores, que vendem 110 mil animais por mês, sendo que 30% da produção é vendida para os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e cidades mineiras do Vale do Aço.

Em Pará de Minas, na região Central, os produtores também reclamam do preço pago pelo quilo do animal vivo, fixado em R$ 1,30 esta semana, quando o preço mínimo necessário para cobrir os custos seria R$ 1,80. ?Estamos operando no vermelho, pois há uma variação muito grande entre o custo de produção e o preço pago. A gente espera que essa situação não demore muito tempo para ser normalizada?, diz João Bosco Martins de Abreu, presidente da Cooperativa Central dos Suinocultores de Minas Gerais (Coopercentral), em Pará de Minas. São 75 criadores filiados à cooperativa, que detêm 21 mil matrizes e produzem 4 mil toneladas por mês. A produção é totalmente consumida dentro do estado. (KM)

“Estamos operando no vermelho, pois há uma variação muito grande entre o custo de produção e o preço pago. A gente espera que essa situação não demore muito para ser normalizada” – João Bosco Martins de Abreu, presidente da Coopercentral