Redação SI 18/02/2002 – O volume de exportação de carne suína em Minas Gerais superou a previsão inicial de 200 toneladas, prevista para o ano passado. Só o frigorífico Pif Paf mandou para a Rússia algo em torno de 250 toneladas em cortes e 215 toneladas em carcaça, fora as 100 toneladas de miúdos vendidas para Hong Kong. Isso resultou em perspectivas otimistas para este ano. José Arnaldo Cardoso Penna, presidente da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), acredita que o aumento nas exportações fortaleceu o otimismo do produtor, mas os números que se apresentam para as safras de milho e soja e o desenvolvimento do consumo interno também contribuíram para isso.
De acordo com ele, os contratos pioneiros que estão sendo firmados entre o frigorífico Pif Paf e os produtores de suínos da região do Triângulo e Alto Paranaíba deverão dar mais estabilidade ao mercado. “Haverá redução de risco para o suinocultor, garantia de fornecimento para o frigorífico e fortalecimento do mercado suinícola mineiro”, afirma o presidente.
Hoje, o consumo da carne suína em Minas Gerais está estimado em 15,5kg/habitante/ano, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Mas para tentar aumentar essa média, a entidade está analisando propostas e opções de marketing e já está confeccionando cerca de 20 mil folders/selos, cuja intenção será a de divulgar e informar as propriedades sobre os benefícios da carne suína.
A Asemg também está desenvolvendo, em conjunto com o IMA, um trabalho para certificação da carne suína mineira e, numa parceria com a Assuvap e o Frigorífico Saudali, a contratação do Ital para o desenvolvimento de estudo para tipificação de carcaça. Tudo para manter a qualidade da carne de um plantel estimado em cerca de 3,4 milhões de cabeças, com cerca de 145 mil matrizes alojadas, segundo dados da própria entidade. E para 2003, a associação também já pleiteou junto à ABCS a realização do X Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura em Minas Gerais.